Stefani Onesko, Cláudia Piovezan e Paulo Briguet discutem o romance polêmico e profético de Michel Houellebecq sobre a islamização da França.
O ano é 2022 e a França possui um novo governo. Após um segundo turno acirrado, marcado por enfrentamentos sociais, as eleições presidenciais são vencidas por Mohammed Ben Abbes, candidato da chamada Fraternidade Muçulmana. Mudanças passam a ocorrer e são sentidas por todos. François, um professor universitário solitário e descrente da vida, se surpreende com as transformações e as consequências do regime islâmico. Uma decadência civilizacional e cultural resulta na submissão quase simultânea do protagonista e da própria França ao islamismo. O livro é comparado a 1984, de George Orwell, e a Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. Submissão “é uma sátira precisa, devastadora, sobre os valores da nossa própria sociedade. É um dos livros mais impactantes da literatura atual”.

Stefani Onesko convida Bernardo Küster para uma conversa sobre Ortodoxia, o mais célebre livro de G. K. CHesterton e uma das mais inteligentes e bem-humoradas defesas das verdades do cristianismo.

Este livro oferece uma filosofia alternativa à tendência negativa do seu livro chamado Hereges. Muitos reclamaram que em Hereges o autor se limitou a criticar as filosofias correntes sem oferecer uma outra alternativa, este livro, então, surgiu como tentativa de responder ao desafio. Trata-se de buscar uma explicação, não quanto a possibilidade de se crer na fé cristã, mas de como o autor chegou à crença. Trata em primeiro lugar das próprias especulações solitárias e sinceras do escritor e, posteriormente, da maneira surpreendente como que todas elas foram subitamente satisfeitas pela teologia Cristã, levando à percepção, por parte do autor, de que estava diante de um credo realmente convincente.
Chesterton confessou sua atração quando jovem pelas ideias e movimentos do final do século XIX, assim como outros jovens de sua época. Como eles, tentou estar alguns minutos adiantado em suas verdades, mas viu que estava 1.800 anos atrasado. Ao proferir suas verdades, descobriu que estas verdades não eram suas. De acordo com o autor ele só conseguiu inventar uma cópia inferior das tradições já existentes da religião civilizada. Tentou realmente fundar a própria heresia, e quando tinha dado os últimos retoques a essa obra, descobriu que era a Ortodoxia.

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