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Ontem — 5 de Maio de 2024Tecnologia

O RPGuaxa Mais Limpinho da História (GuaxaVerso #108)

4 de Maio de 2024, 21:00

GuaxaVerso destrinchando episódios e respondendo comentários! Se Flopar nunca existiu. Até porque…. Nunca existiu mesmo.

Esta semana vamos falar tudo sobre o episódio de 162.


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Edição: Marcelo Guaxinim.

“Morning” Kevin MacLeod (incompetech.com)
Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Antes de ontemTecnologia

Blade — A Lâmina do Imortal: uma leitura adulta

3 de Maio de 2024, 13:00

Blade é um mangá escrito por Hiroaki Samura e lançado entre 1993 e 2012. Publicado no Brasil pela Conrad no formato “meio volume” até mais ou menos dois terços da obra e relançado em sua completude pela JBC em 15 volumes.

A narrativa tem um protagonista e um ponto de vista, mas em primeiro momento não é claro qual é qual. Seguimos a jornada de Rin Asano, uma jovem japonesa em 1782 que tem a família assassinada por “malfeitores” e, desde então, ela busca uma forma de se vingar do líder deles, Kagehisa Anotsu. Como ela é uma adolescente fracote, vinda de uma família relativamente abastada, ela não tem muitas habilidades físicas nem sociais. Então ela contrata Manji para cumprir a vingança no lugar dela.

Manji (em japonês 卍, Manji) é um criminoso famoso por ter matado cem homens violentamente. Paradoxalmente, o ideograma do nome dele é um símbolo comum em japonês para templos e costuma ser uma imagem iconográfica auspiciosa. Essa dicotomia, da pessoa e seu nome, é representada por seu quimono, todo em preto e branco com um 卍 nas costas.

Até aí, tudo bem.

Manji, depois de quase morrer na tal batalha contra 100 homens, é salvo por uma senhora chamada Yaobikuni e ela concede ao Manji uma forma de imortalidade, dizendo que permitirá que ele morra finalmente se ele salvar 1000 pessoas. A Rin é uma dessas pessoas que o Maji decide salvar.

Mas salvar pessoas é um conceito relativo. Kagehisa Anotsu, o homem de quem Rin quer se vingar, é uma pessoa que acredita estar lutando do lado da verdade e da justiça. Seu grupo é uma mistura das pessoas nas periferias da sociedade e que lutam para sobreviver e, por isso, ficaram mais fortes, diferente das escolas de artes marciais tradicionais do Japão que, segundo Anotsu, perderam o verdadeiro caminho da espada.

A partir daqui iniciamos a análise da obra com spoilers.

A crítica que Rin tem a Anotsu não é ao que ele quer fazer, e sim a violência que ele usa para chegar no próprio objetivo, já que os integrantes do grupo dele assassinam e estupram mulheres inocentes que estejam nas escolas que querem conquistar. Assim, aos olhos dela, o grupo de Anotsu, Itto-Ryu, é um grupo de malfeitores.

Então a história tem alguns núcleos: o núcleo Rin-Manji, o núcleo Itto-Ryu e o núcleo do shogunato/Mugai-Ryu, liderado por Kagimura Habaki.

Este terceiro núcleo é o lado político de Blade, que mostra que nada do que você está vendo é realmente a verdade total. O Mugai-Ryu é um grupo que, como Rin, quer vingança do Anotsu. Mas Kagimura Habaki também trabalha para o shogun, o líder feudal, e é contratado para investigar a imortalidade de Manji, manipulando as pessoas do Mugai-Ryu para serem seus espiões, enquanto forem úteis.

O arco da prisão é o mais interessante de se discutir aqui no Deviante. Nele, médicos são contratados para investigar a imortalidade de Manji e descobrir uma forma de replicá-la. Por incompetência deles, Kagimura Habaki se desfaz de alguns médicos até encontrar Ayame Burando, um rapaz que havia estudado o método científico ocidental e tentou aplicar em Manji.

Burando descobriu que a imortalidade de Manji é causada por vermes que regeneram a carne do corpo que eles habitam. São vermes que a Yaobikuni implantou em 5 núcleos no corpo dele e que reconstituem qualquer tipo de tecido humano para manter a saúde de seu hospedeiro.

Burando transplanta braços do Manji em outros personagens, tentando achar aqueles que teriam o mesmo tipo sanguíneo e não teriam tanta rejeição. Ele investiga como as extremidades do Manji regeneram mais devagar do que partes perto dos núcleos de vermes. Investiga como os vermes não sobrevivem fora do corpo…

A pressão que Habaki coloca em Burando é tanta que ele simplesmente para de ter ética e de tratar os pacientes como humanos e cria uma linha de produção insana, com pilhas e pilhas de corpos saindo das masmorras do castelo e sendo jogadas em trincheiras, finalmente, permitindo que Rin localize o corpo de Manji com a ajuda de Doa Yoshino, uma espadachim da Itto-Ryu.

O conceito de imortalidade com pequenos vermes é interessante, pois eles não impedem o Manji de morrer caso os núcleos de vermes sejam destruídos, mas fazem com que ele tenha uma enorme resiliência a tudo. Essa simbiose é muito orgânica e parece que o autor compreende questões interessantes do prospecto de imortalidade.

No final da história descobrimos uma passagem de tempo em que Manji até já se esqueceu de Rin e das aventuras do mangá. Isso porque ser imortal não significa lembrar de tudo. É uma solução muito humana para a imortalidade. As feridas se curam com o passar dos anos. As aventuras que têm imortais que lembram sempre de tudo costumam ser mais trágicas nesse aspecto.

Voltando aqui. A Rin é a protagonista da história. E a história dela tem um desenlace interessante, porque ela teve a chance de cumprir sua vingança mais de uma vez. Mas essa jornada com Manji também ensinou maturidade e os limites que ela consegue ou não ultrapassar. A relação dela com o Manji também é ótima porque ele a trata como irmã mais nova do começo ao fim. E o Manji é o ponto de vista, pois ele é central à história, sim, mas ele está lá no começo e estará lá no final.

O fim da história é legal de ler, recomendo. Uma das coisas legais é que parece que vai ser um daqueles mangás que corta a luta final ao meio e mostra um prólogo do que está acontecendo anos depois, mas não é isso que acontece. Esse mangá mostra a luta final e todos os detalhes horríveis das batalhas, dos caminhos que os personagens fizeram até chegar àquele momento. Eu gosto particularmente da cena em que o Manji perde um braço e depois cata outro qualquer para colocar no lugar, algo que ele aprendeu no laboratório do Dr. Burando.

Blade também é um exemplo que eu uso de personagens femininas em mangás. A Rin é incrível, a Doa é incrível e, acima delas, tem a Makie. A Makie é a menina que o Anotsu gosta e que sempre foi mais forte do que ele. E isso é uma verdade do começo ao fim. Ela é alta, bonita e sensual, e a mais forte do Itto-Ryu. Eu, pessoalmente, uso a Makie como exemplo de que em mangás japoneses existem personagens femininas que são mais fortes que as personagens masculinas. 

Minha conclusão é que Blade se propõe a contar uma história multifacetada voltada aos personagens. Como as ações individuais podem moldar as pessoas ao seu redor e como as ações do outro podem moldar as formas como você vê o mundo. Acho incrível que o autor pintou os vilões todos como vilanescos, mesmo dando justificativas muito palpáveis para cada um deles. Também acho incrível a cinematografia e como as cenas são cinéticas e sinérgicas, fazendo a destruição e a matança serem lindas, mas não objetificantes.

A História de Exploração da Antártida (SciCast #590)

3 de Maio de 2024, 03:01

Os pólos do planeta, o Ártico (no SciCast 579) e o seu oceano congelado e a Antártida, um continente enterrado sob as geleiras, despertam o fascínio dos homens desde a antiguidade.

Cientistas e aventureiros se arriscam em suas águas desde muito tempo. Trazemos aqui um breve recorte dessas aventuras na Antártida e sua disputada corrida até o pólo magnético do planeta.

Para essa expedição, convidamos os intrépidos exploradores do GeoPizza, num crossover inédito com o Scicast. Venham conosco congelar até os ossos e aprender sobre os corajosos homens que entregaram suas vidas em nome da exploração e das descobertas nessas regiões inóspitas!

 

 

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Expediente:

Produção Geral: Tarik Fernandes e André Trapani

Equipe de Gravação: Tarik Fernandes, Roberto Spinelli, Rodrigo Zottis, Alexander Desmouceaux, Anderson Couto

Citação ABNT: Scicast #590: A História de Exploração da Antartida. Locução: Tarik Fernandes, Roberto Spinelli, Rodrigo Zottis, Alexander Desmouceaux, Anderson Couto. [S.l.] Portal Deviante, 24/05/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast-590

Arte: Getty Images


Referências e Indicações

 

Sugestões de Música:

 

Sugestões de filmes:

  • Série “The Terror” – Amazon Prime (https://www.primevideo.com/detail/The-Terror/) – Durante a 1ª temporada, acompanhamos a tripulação da Marinha real britânica, encabeçada por Sir John Franklin, Francis Crozier e James Fitzjames. A missão é encontrar a lendária Passagem Noroeste do Ártico. Em vez disso, se depararam com um monstruoso predador parecido com um urso polar, um horror gótico astuto e cruel que persegue os navios em um jogo desesperado de sobrevivência. – Abertura da Série: https://www.youtube.com/watch?v=nlmeJyn0K-8 

 

Sugestões de vídeos:

 

Sugestões de links:

 

Sugestões de games:

  • Penumbra: Overture – 2007

 

Sugestões de Livro:

  • “A Incrível Viagem de Shackleton” de Alfred Lansing

 

Nosso ouvinte do Geopizza, Luiz Felipe Gubert, mandou uma recomendação de LIVRO muito interessante: a obra COLAPSO, de Jared Diamond, que tem três capítulos que falam bastante sobre a Groelândia e comparam a experiência dos vikings com a dos Inuits, por que uns ficaram e outros não. *Aos que não sabem* (eu não sabia): Alguns indícios apontam que os vikings chegaram na Groenlândia antes dos Inuits!! E mesmo assim, não conseguiram se adaptar a esse ambiente, enquanto os inuits sim.

 

O trabalho, a mulher e a segurança alimentar!

1 de Maio de 2024, 13:00

As mulheres ocupam espaços importantes para a manutenção da nossa sociedade, apesar de serem pouco reconhecidas por isso. Com a segurança alimentar não poderia ser diferente. Por toda a cadeia produtiva, as mulheres ocupam papéis importantes na manutenção da alimentação saudável.

O mês de maio representa uma ótima época para textos sobre o trabalho, uma vez que seu primeiro dia é especial para o trabalhador. Aliás, já leu as redações temáticas sobre o trabalho no ramo alimentício aqui e aqui? Não deixe de conferir esses materiais especiais!

No assunto de hoje, iremos observar o papel do trabalho da mulher como promotora da segurança alimentar em seus diversos meios simbólicos e produtivos. Afinal, qual a interseccionalidade presente entre gênero e segurança alimentar?  O que podemos fazer para proporcionar um meio de trabalho mais socialmente responsável às mulheres? Iremos ver tudo isso agora!

Do campo à mesa, as mulheres ocupam os mais diversos papéis, apesar de, algumas vezes, serem desconhecidos ou invisibilizados. Em produções agrícolas, por exemplo, elas representam cerca de 43% do contingente total de trabalhadores camponeses no mundo [1]. Elas realizam trabalhos como preparação da lavoura, limpeza, cultivo, armazenagem, etc.

Porém, o destaque de suas atividades ocorre principalmente com a sustentabilidade ambiental, item essencial à garantia da segurança alimentar (como explicado neste texto aqui). Geralmente, as agricultoras empregam conhecimentos tradicionais transmitidos geracionalmente, como domesticação, preservação de espécimes, conservação de sementes crioulas e até mesmo cultivo de plantas medicinais [1]. A manutenção de cultivos agroecológicos é bem evidente em produções mantidas por agricultoras.

Como mantenedoras das relações familiares, as agricultoras tendem a se preocupar mais com a saúde e a alimentação dos seus entes geracionais, bem como a passagem do conhecimento intrafamiliar [2]. Dessa forma, ela é uma figura importante para reprodução física e simbólica da maneira de ser e agir na agricultura.

 

Imagem um. Pesquisa da Fiocruz revela protagonismo feminino em iniciativas de criação de redes de agricultura urbana. Os projetos possuem foco na manutenção tanto de identidades das mulheres quanto à segurança alimentar e a ancestralidade, uma vez que muitas delas — ou seus ancestrais — tiveram que sair da zona rural por algum motivo [3]. Na imagem de Paolo Martins, observam-se diversas pessoas sentadas em cadeiras brancas em um imóvel grande. Faixas, recortes e uma bandeira vermelha fazem parte da cena.

 

Não somente no campo ocorre a importância da mulher à sustentabilidade ambiental, social e econômica. Elas também são cruciais na cadeia agroalimentar em fases que envolvem o processamento, a comercialização e o preparo [1]. A presença massiva de mulheres em feiras, sacolões, mercados públicos, mercearias, supermercados, comércios de rua, etc. apenas reforça o impacto da força feminina na transformação de alimentos.

No setor informal de alimentos, por exemplo, há o desenvolvimento de diversos serviços alimentícios que são protagonizados por mulheres, como no comércio ambulante de alimentos. Nestes trabalhos, não há garantia de direitos trabalhistas, como férias, 13º ou previdência [4]. Por garantir a oferta de alimentos a baixo custo, esses serviços (comidas de rua, marmitas, alimentos frescos, etc.), em algumas localidades, podem ser críticos para manter um grau mínimo de segurança alimentar.

Dentro dos lares não poderia ser diferente. No trabalho doméstico, muitas vezes com jornadas exaustivas e invisibilizadas, as mulheres ocupam protagonismo em seus lares [1]. O feminino preserva os “modos de saber fazer” de grande parte das receitas culturalmente significativas em muitas regiões. O saber relacionado com alimentos, tempos, utensílios e técnicas é passado geracionalmente de mãe para filha. Nesse contexto, também é articulada estratégia de provisão, preparo e consumo de refeições saudáveis, seguras e sustentáveis. Mesmo aqui ainda observamos a invisibilização social do trabalho da mulher.

Algumas atividades são tão representativas de cuidados que rapidamente já pensamos em mulheres as exercendo. Trabalhos como cozinheira doméstica, popular, comunitária, merendeira, etc. são capazes de sanar necessidades alimentares específicas e manter a saúde comunitária geral [1]. Apesar disso, muitas dessas práticas podem ser articuladas em contextos complexos e problemáticos que perpassam o racismo, o sexismo e até o assédio moral e sexual das trabalhadoras.

 

Imagem dois. Merendeira do sul de Minas teve direito reconhecido de receber insalubridade por stress térmico pela 1ª Vara do Trabalho [5]. A prefeitura ainda tentou recorrer da sentença favorável à trabalhadora, mas perícia técnica confirmou condições insalubres de trabalho. Na imagem, podemos observar diversos pratos de comida prateados em uma mesa vermelha.

 

Apesar de todos os benefícios à prática culinária e a seguridade alimentar, nem sempre os benefícios são colhidos de maneira adequada. Na verdade, relações de poder patriarcais, políticas agrícolas androcêntricas e a divisão sexual do trabalho garantem que as mulheres fiquem cerceadas de seus poderes nas relações com a alimentação [1]. A capacidade plena da contribuição feminina, nesse caso, fica abaixo do esperado pela dificuldade do acesso à terra, às tecnologias e aos incentivos financeiros.

Quando relacionamos com a questão étnica, a situação fica até pior! Mulheres negras e de baixa renda dificilmente conseguem suporte social. Além das dificuldades de gênero, ainda há a possibilidade de sofrerem com sobrecarga de trabalho, cobranças excessivas, dificuldade de acesso a recursos, baixo grau de mobilidade social e invisibilidade do trabalho doméstico. 

Saber reconhecer essas dificuldades é crucial para promovermos ambientes de trabalho sustentáveis e melhores graus de segurança alimentar e nutricional. Afinal, mulheres estão no perfil dos mais impactados pela insegurança alimentar, apesar de todos seus esforços contra esse estigma.

Políticas como incentivo à terra e recursos agrícolas, apoio de acesso ao mercado de trabalho formal, proteção social, aumento do número de creches comunitárias e campanhas contra o trabalho doméstico unilateral são incentivos para melhorar a situação do gênero feminino. Porém, essa ainda é uma grande caminhada e, como as mulheres sabem, não será um trabalho fácil de realizar…

Esse texto é inspirado no capítulo 5 do livro “Segurança Alimentar e Nutricional”, lançado pela Academia Brasileira de Ciências. Você consegue acompanhar mais sobre essa discussão nesse ensaio, bem como diversos outros temas quentes sobre segurança alimentar! Basta clicar no link presente nas referências.

O que acharam desse texto? Já ouviu sobre toda essa importância do trabalho feminino à segurança alimentar? Você faz parte desse processo? Não deixe de comentar sua experiência. Até a próxima!

 

Referências
[1]: SILVA, Gabriela Brito de Lima. Desatando nós: mulheres e segurança alimentar e nutricional. Segurança Alimentar e Nutricional, cap. 5, v.1, p. 56. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, 2024. Disponível aqui.
[2]: SILIPRANDI, Emma. Agroecologia, agricultura familiar e mulheres rurais. Revista brasileira de Agroecologia, v. 2, n. 1, 2007.
[3]: AGROECOLOGIA, Articulação Nacional de. Mulheres são protagonistas de iniciativas de agricultura nas cidades, revela pesquisa. Portal Mídia Ninja, 27 jul. 2023. Disponível aqui.
[4]: Almeida, P. F., Rios, R. V., & Colling, A. de M. W. Desenvolvimento e caracterização de massa de pizza sem glúten com adição de farinha de pipoca e hidrocolóides. Connection Line – Revista Eletrônica da Univag, v. 29.  2023.
[5]: ITATIAIA. Justiça reconhece que merendeira trabalha em condição insalubre devido ao ‘calor excessivo’ em MG. Portal Itatiaia, 18 mar. 2024. Disponível aqui.

Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #18 As dissidências militares e a resistência dos estudantes

30 de Abril de 2024, 13:03
Por: C. A.

O Fronteiras no Tempo: Giro Histórico conta em seu 18º episódio com a participação da historiadora Flávia Ferro e do Beraba, que abordam temas relacionados aos 60 anos do Golpe de 1964 e da Ditadura Civil-Militar. Flávia nos contará uma história pouco conhecida que se refere as divergências internas das forças armadas durante a Ditatura que envolveu planejamento de atentando terrorista e, também, sobre parte da trajetória política do brigadeiro Eduardo Gomes. Na sequência Beraba faz uma síntese importante sobre o papel dos estudantes em todo o processo ditatorial: da adesão as reformas de base proposta por João Goulart, passando pela emancipação e posterior perseguição à UNE chegando à participação destes jovens em movimentos de resistência ao regime de exceção e suas barbáries.

Arte da Capa


MENCIONADO NO EPISÓDIO

Perfil da Flávia Ferro no Instagram

Trilogia sobre a Ditadura Civil-Militar Brasileira

Fronteiras no Tempo #21 – Golpe de 1964  

Fronteiras no Tempo #22 – Ditadura Civil-Militar  

Fronteiras no Tempo #24: Fim da Ditadura Civil-Militar  

Outros episódios relacionados ao tema

Fronteiras no Tempo: Historicidade #51 Espionagem, Igreja e Ditadura Civil-Militar  

Fronteiras no Tempo: Historicidade #50 Museu do Trabalho e dos Direitos Humanos 

 Memória da Ditadura Civil Militar Brasileira – 27 Borean (Spin#1926 – 25/02/2023) 

Fronteiras no Tempo: Historicidade #14 Itamaraty e as Forças Armadas na Ditadura

Fronteiras no Tempo: Historicidade #9 Histórias da Ditadura Civil-Militar

 Contrafactual #32: E se não tivesse havido Ditadura Militar no Brasil? 


Financiamento Coletivo

Estamos em processo de mudança do PADRIM  para outro sistema de financiamento coletivo – novidades em breve

PIX: [chave] fronteirasnotempo@gmail.com


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Como citar esse episódio

Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #18 As dissidências militares e a resistência dos estudantes. Locução Cesar Agenor F. da Silva, Flávia Ferro e Marcelo de Souza Silva. [S.l.] Portal Deviante, 30/04/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=62336&preview=true


Expediente

Produção Geral e Host: C. A. Arte do Episódio: Marcelo Beraba. Edição: C. A.


Trilha sonora utilizada

Birds – Corbyn Kites

Wolf Moon – Unicorn Heads

Dance, Don’t Delay de Twin Musicom é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Fonte: http://www.twinmusicom.org/song/303/dance-dont-delay

Artista: http://www.twinmusicom.org


Madrinhas e Padrinhos 

Alexsandro de Souza Junior, Aline Lima, Allen Teixeira Sousa, Anderson Paz, André Luiz Santos, Andre Trapani Costa Possignolo, Artur Henrique de Andrade Cornejo, David Viegas Casarin, Elisnei Menezes de Oliveira, Ettore Riter, Flavio Henrique Dias Saldanha, Klaus Henrique De Oliveira, Luciano Abdanur, Manuel Macias, Rafael Machado Saldanha, Ramon Silva Santos, Renata Sanches, Ricardo Augusto Da Silva Orosco, Rodrigo Olaio Pereira, Thomas Beltrame, Tiago Nogueira e Wagner de Andrade Alves

 

Caminhos da vida científica de uma não cientista

29 de Abril de 2024, 13:00

Hoje sou a mina do suporte (sempre confirme que os cabos estão bem conectados, que o aparelho está ligado ou carregado e sempre esteja em seu computador se a pessoa do suporte se conecta a ele de maneira remota), mas oficialmente sou bacharel em Ciência e Tecnologia e bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do ABC – UFABC, também fiz algumas pesquisas, organizei alguns eventos e participei de projetos de extensão enquanto fui universitária.


Assim que entrei na universidade, descobri o Pesquisando desde o Primeiro Dia – PDPD, no qual os ingressantes podem fazer pesquisa científica desde o primeiro ano do curso, no meu caso, eu tinha interesse em pesquisa na área da saúde e fui conversar com um professor que pesquisava maneiras de aumentar o gasto energético.

Minha parte seria analisar a expressão do genes de acordo com o tipo de dieta e biotipo. Não vou descrever exatamente o que fazia porque pode ser um tema sensível, mas trabalhei com duas espécies de ratos de laboratórios, divididos em quatro grupos alimentados com dieta normal ou dieta rica em gordura, mais informações no artigo publicado.

Nem cheguei a fazer a parte de análise genética porque saí do grupo de pesquisa por ficar impressionada com a preparação do material para enviar ao laboratório e receber os dados para a parte de bioinformática. 

mulher de ascendência afro em laboratório de biologia molecular.

Depois disso, decidi mudar de área e fui conhecer outras áreas e outros projetos da universidade, eis que conheço o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, onde trabalhei com estudantes do ensino público.

Neste projeto trabalhamos com o conceito de investigação científica aplicada ao ensino médio, o artigo publicado foi baseado em duas sequências didáticas (aulas), nas quais os estudantes tinham de formular e testar hipóteses para identificar o objeto dentro da “Caixa de Pandora”, mas a minha participação no projeto durou dois anos.

 

Grupo de estudantes sorridentes reunidos em torno de mesa redonda, discutindo amigavelmente sobre algum tema.


Também participei de projetos de extensão, dentre eles estão IV Semana da Biologia, Curso Caminhos do Mar, e fui monitora do Sabina de maneira formal, ou seja, tinha bolsa e certificado de participação para o Lattes (currículo do pesquisador brasileiro) ou para comprovar participação em seleções fora do Brasil. Também participei das empresas júnior Enactus UFABC e Seiva Jr (fiz parte da equipe que iniciou os projetos, antes de se tornarem formais).

Já no fim da saga de participações em projetos universitários, chega o temido momento do TCC, no qual trabalhei com uma serpente do cerrado que não era vista há décadas, e foi considerada extinta, mas voltou a ser encontrada por conta de algumas obras do governo federal. Então meu trabalho foi redescrever os espécimes encontrados, porque os originais provavelmente foram queimados durante o incêndio no acervo do Butantã em 2010, e ampliar sua distribuição geográfica.

 

Serpente de pequeno porte, a foto tem como ponto principal olho  e narina da serpente. O centro da foto é ocupado quase totalmente pela cabeça da serpente que tem brilho cinza prateado.

Este trabalho não se tornou artigo, porque já eu estava considerando a ideia de deixar a área científica e não segui com a ideia de publicação, mudei para Montevidéu para tentar um mestrado em Ciências Ambientais, entrei, confirmei que não queria mais seguir na vida acadêmica, deixei o curso e comecei a trabalhar com tecnologia.

Hoje sou a mina do suporte. Passo meus dias usando todas as habilidades de resolução de problemas, investigação, trabalho em equipe entre outras coisas aprendidas durante minha trajetória científica para resolver ou buscar como resolver problemas de equipes de TI de outras empresas.

 

Pessoa ruiva olhando três monitores  de um computador, e de costas para o espectador.


Como se tudo isso E estudar não fosse suficiente, entrei para a equipe do Deviante <3.

Determinismo (SciCast #589)

26 de Abril de 2024, 13:12

Você é livre pra fazer suas escolhas? Ou será que todas já estão determinadas? Você de fato escolheu ouvir esse cast ou será que toda a sua história de vida, junto com a história do universo, te levaram a isso?

Um debate filosófico sobre o que significa viver em um mundo determinista, as repercussões teóricas e práticas disso.

 

 

 

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Expediente:

Produção Geral: Tarik Fernandes e André Trapani

Equipe de Gravação: Tarik Fernandes, André Trapani, Roberto Spinelli, Felipe Novaes e Anna Rita Erthal

Citação ABNT: Scicast #589: Determinismo. Locução: Tarik Fernandes, André Trapani, Roberto Spinelli, Felipe Novaes, Anna Rita Erthal. [S.l.] Portal Deviante, 26/04/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast-589

Arte: Jânio


Referências e Indicações

 

Sugestões de literatura:

  • LAPLACE, Pierre-Simon. Ensaio filosófico sobre as probabilidades. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2010.
  • SEARLE, John. Neurobiologia e Liberdade. Unifesp, 2008.
  • DENNETT, Daniel. Brainstorms. Unifesp, 2006.

 

Sugestões de filmes:

  • The Good Place, S03E07: O pior uso possível do livre-arbítrio.

 

Sugestões de vídeos:

 

Sugestões de links:

SciCast #477: Emaranhamento Quântico: https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast-477/

 

Dependência emocional: quando a afeição se contamina

26 de Abril de 2024, 13:00

Recentemente estreou o anime (animação japonesa) “A Condition Called Love” (ou, do original em Japonês, “Hananoi-kun to Koi no Yamai”, em português “Hananoi e a Doença do Amor”, em tradução livre). A animação, desde o seu primeiro episódio, chamou muito minha atenção diante do seu tema central, a dependência afetiva. E sobre isso que vamos falar hoje.

ALERTA DE GATILHO: o texto irá falar sobre dependência afetiva e relacionamentos tóxicos. Caso não se sinta confortável com esse tema, por favor, não se sinta obrigado a continuar a ler. E, lembre-se, saúde mental é saúde tão básica e importante quanto a saúde física. Esse texto é opinativo de um não especialista. Não se paute pelas minhas opiniões. Busque atendimento psicológico e psiquiátrico.

 

Sobre o Anime

Para uma melhor análise do que vamos falar, peço suas desculpas, mas vou precisar dar um pequenino spoiler sobre o primeiro episódio do anime. E terei que fazer algumas referências ao que comentar aqui no decorrer do texto. Desculpe. Mas, vai por mim, não estraga em nada a experiência de assistir.

A história começa pelo ponto de vista de Hotaru, uma garota de 16 anos que, numa tarde, encontra um garoto desolado numa praça depois dele ter encerrado um namoro. Hotaru vê o rapaz coberto de neve e, por um ato de simples gentileza, cede seu guarda-chuvas para cobri-lo. No dia seguinte, o garoto, chamado Hananoi, conhecido como o “bonitão” da escola, vai à sala de aula e se declara a Hotaru, pedindo-a em namoro.

Hotaru recusa o namoro, mas Hananoi não aceita o não como resposta e começa a acompanhar ela no seu dia a dia. A princípio, nada demais, só mais um colega de escola. Mas, aos poucos, sinais começam a aparecer que demonstram um comportamento insalubre.

Hananoi começa a agir de forma exageradamente submissa perante Hotaru. Ele muda sua aparência, corta seus cabelos, então longos, começa a fazer trabalhos dos mais variados sem solicitação e, em um momento extremo, passa uma noite cavando neve com as mãos para tentar achar uma presilha de cabelo perdida por Hotaru no campo de exercícios da escola. Tudo isso tentando ser o mais agradável e subserviente.

A história, no entanto, não se presta a romantizar esse tipo de comportamento. A protagonista deixa claro que acredita não ser esse um comportamento saudável, e até sugere a Hananoi que deixe de insistir no relacionamento.

Outro ponto que a história cita, ainda, é a pressão social que a própria Hotaru sofre. Ela é uma garota que nunca teve interesses românticos. Não procurou iniciar qualquer relacionamento, nem nunca recebeu uma declaração ou pedido de namoro de alguém. E, por isso, ela se sente uma pária, alguém que seria incapaz e ilegítima de se apaixonar ou ter alguém que se apaixone por ela. Ao mesmo tempo, sente que deveria se adequar à normativa social e, como uma pessoa “normal”, ter um namoro. E, diante da procura de Hananoi, é incentivada por amigos a iniciar esse namoro, mesmo sem ter qualquer sentimento direcionado a ele.

E chega de spoiler. Se quiser saber mais sobre essa história, que parece estar indo super bem, é só checar no serviço de streaming Crunchyroll, onde está tendo lançamento semanal dos episódios. Bora pro texto!

 

Sobre Dependência Emocional

Armem as barreiras, acionem as defesas, e deem a esse homem… um Psiquiatra”. Esse é o comentário mais votado no primeiro episódio do anime na Crunchyroll.

Evidentemente, Hananoi representa alguém com transtornos de comportamento relativos a relacionamentos.

ALERTA: esse texto não está sendo escrito por um profissional da área de saúde mental. Trata-se de uma análise de um leigo, mas que já viveu situações de relacionamentos tóxicos. E, por isso, acredito que seja importante trazer esse tema à discussão. Sinta-se à vontade para críticas e comentários.

O Transtorno de Personalidade Dependente (conhecido pela sigla TPD) é um transtorno de comportamento documentado e classificado na Classificação Internacional de Doenças (CID). Ele se caracteriza por uma tendência da pessoa em deixar que outra pessoa (ou várias) tome decisões, menores ou maiores, e guie todos os aspectos da vida própria.

Uma pessoa com dependência emocional é extremamente submissa à vontade do outro, e pode adotar comportamentos extremados em caso da mínima percepção de abandono.

Por vezes, o TPD pode estar associado a outros transtornos, como depressão e ansiedade, ou outros transtornos de personalidade, como borderline (caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais) e de personalidade histriônica (caracterizado por um padrão generalizado de excessiva emocionalidade e busca de atenção).

Evidente que alguém que sofra de TPD merece respeito e cuidado especializado por uma equipe de saúde habilitada. Mas isso não deixa de ser um risco de adoção de um comportamento tóxico dentro de um relacionamento.

 

O Outro Lado do Relacionamento

Você acorda na sua cama. É manhã e seu sono foi embora. O seu hálito noturno te incomoda, sua bexiga está cheia e você está com fome. Porém, a pessoa ao seu lado não te deixa levantar porque não quer ficar sozinha.

Você aguenta e espera. Depois da rotina matutina, você vai iniciar suas atividades. Você recebe mensagens, mas não pode responder porque está ocupado. Isso resulta em diversas ligações repetitivas para apaziguar os ânimos.

No fim do dia, você quer encontrar os colegas de trabalho para um bate-papo, mas não consegue. Os lamentos de solidão ou alegações da pessoa de estar se sentindo doente, ainda que você saiba que não seja nada, te forçam a voltar para casa.

Em casa, você está com sono e gostaria de ir dormir. A pessoa ao seu lado, no entanto, quer passar um tempo fazendo alguma atividade, e insiste que você vá dormir exatamente no mesmo horário que ela. Você acata e acaba indo dormir num outro horário, acumulando cansaço.

Contrariar qualquer dessas condições de rotina, no entanto, podem resultar em graves problemas. Brigas acaloradas, agressões verbais ou físicas, ameaças de abandono repentino, autodepreciação ou automutilação da pessoa dependente, ou até mesmo ameaças de atentado contra a própria vida. Tudo isso faz com que você aceite as imposições e se compadeça, mesmo infeliz.

Essas são condições que conviver com uma pessoa com dependência emocional pode causar em alguém. Um estresse que vai se acumulando diante de pequenas imposições da rotina, e que podem resultar em um enorme desgaste e carga emocional.

Os relacionamentos com dependência emocional, no entanto, não se limitam a relacionamentos amorosos. Não é incomum que pais ou mães apresentem comportamentos parecidos após a saída dos filhos do lar, seja pelo casamento ou outra condição. Isso pode gerar expectativas de uma rotina onde o(a) filho(a) se veja obrigado a estar presente na casa dos pais mesmo que isso lhe cause complicações na administração da própria vida, ou o clássico conflito dos pais com genros e noras.

O importante é lembrar que isso não deve ser a regra para o seu relacionamento. Ainda que se considere e releve os pontos de melhoria e defeitos das pessoas, estabelecer limites saudáveis é importante para um relacionamento.

 

Como lidar com alguém com dependência emocional

Como sempre, cada caso é um caso, mas existem algumas dicas que podem ajudar a estabelecer uma rotina mais saudável a todos os envolvidos.

O primeiro e mais importante passo é aceitar que os seus interesses e necessidades particulares são tão importantes quanto os da outra pessoa.

É comum nós querermos nos doar às pessoas que amamos, muitas vezes nos privando nas nossas próprias necessidades. Aos poucos, perdemos contato com amigos e familiares, perdemos o hábito de cultivar nossos hobbies e de fazer atividades que nos dão prazer. E, com isso, de uma hora para outra, vemos que nosso mundo está limitado à outra pessoa dentro do relacionamento, sem qualquer outra escapatória.

Se livrar dessas barreiras e estabelecer questões importantes para si é o primeiro passo. Reforçar o amor próprio é o primeiro passo para que tenhamos recursos para doar amor aos outros.

E, acreditem, essa dica vale até mesmo para relacionamentos saudáveis com pessoas que dependam de nós para a manutenção da vida e crescimento, como nossos filhos. Por experiência própria, posso dizer que estabelecer limites de interação com a minha filha foi positivo para nós dois, já que ela passou a ter maior exercício de empatia para minhas necessidades e eu pude ter mais energia para me dedicar a ela quando necessário.

Feito isso, é necessário combinar a rotina e os momentos que serão compartilhados ou exclusivos de cada um.

A conversa é uma ferramenta poderosa. E, vale sempre o ditado, o combinado nunca sai caro. Estabelecer limites na interação como, por exemplo, esclarecer os momentos em que é razoável a troca de mensagens e ligações, já é um grande passo. É necessário demonstrar que sua saúde e felicidade é importante para que vocês possam compartilhar de uma vida saudável.

E, nesse mesmo sentido, é importante destacar que a definição desses limites não é um tipo de abandono. A pessoa com dependência emocional poderá usar de estratégias de barganha, agressão ou autodepreciação para impedir essas mudanças. Por mais doloroso que seja, somente adotando tal processo que a mudança pode se solidificar.

A definição de “combinados”, ou seja, regras para o comportamento, é uma das estratégias que é adotada em diversos tipos de terapias comportamentais, tal como, por exemplo, na Análise do Comportamento Aplicada, conhecida pela sigla em inglês ABA. O ABA é normalmente adotado para crianças com transtornos de comportamento, mas o mesmo princípio pode se estender para qualquer pessoa e relacionamento. E, uma vez que os limites sejam definidos, nenhuma das partes se sentirá prejudicada pelas consequências.

Outro ponto importante é que, aos olhos da pessoa com dependência emocional, você será sempre o “vilão” na situação. Aceitar esse papel, sem se abalar, é importante, já que a pessoa dependente não terá condições lógicas ou emocionais de controlar suas emoções diante da situação. Mas, uma vez estabelecidas as novas condições e colhidos os resultados, que certamente serão positivos a ambos, muito possivelmente a situação possa vir a gerar uma discussão saudável do relacionamento no futuro.

Mas, se nada mais der certo, e a decisão for por encerrar esse relacionamento, a postura assertiva de comunicar uma decisão deve ser tomada.

Um relacionamento nunca é uma obrigação. Mesmo pessoas a quem somos, de alguma forma, obrigados a prestar auxílio e suporte financeiro, por exemplo, não há obrigação do estabelecimento e manutenção de um vínculo emocional com alguém.

Claro, todas essas etapas podem ser facilitadas com o auxílio de um terapeuta habilitado, seja para terapia familiar ou de casais, que certamente ajudará a mediar essas mudanças e estabelecer os limites da negociação.

De toda forma, se você estiver numa condição em que opte pelo fim do relacionamento, seja firme na decisão. A outra pessoa certamente usará de todas as estratégias acima para tentar manter a relação, mas é necessário respeitar seus próprios limites, sua liberdade e sua felicidade, garantindo que o término é apenas isso, o término daquela relação, não um tipo de abandono.

E, claro, se você tiver razões para temer eventuais atitudes extremadas da pessoa, em adotar comportamentos autodestrutivos, como, por exemplo, abuso de álcool ou substâncias ou, ainda, atentar contra a própria vida, é importante alertar familiares e a rede de apoio da pessoa para que se façam presentes no período após o término do relacionamento, para evitar prejuízos à pessoa.

 

Considerações Finais

Olha pessoal, aqui vai um relato pessoal.

Eu já me vi em ambos os lados do relacionamento, seja como alguém que adotou uma postura de dependência, seja como alguém a quem foi demandado por uma pessoa dependente. Não a ponto de caracterizar um diagnóstico de transtorno, talvez, mas mesmo assim vivendo de forma bastante insalubre.

Estabelecer esses limites me fez ter muito mais felicidade e conseguir manter relacionamentos de que, se não regulados, teria que abrir mão, mesmo não querendo. E, para reconhecer essas necessidades, foi muito importante o acompanhamento com meu psicólogo e em terapias conjuntas com a outra pessoa.

Estamos vivendo uma época revolucionária em termos de aceitação e visibilidade da saúde mental e social e, claro, isso gera certos conflitos de percepção nas pessoas, em geral. Aceitar a mudança é uma quebra de paradigma e toda essa quebra gera desconforto. Porém, a mudança só será efetiva quando visto que a energia necessária para o esforço de mudar tem resultados mais benéficos que a comodidade da situação.

Entender o relacionamento dependente como uma forma de abuso, ainda que involuntário, é parte dessa mudança. E estabelecer limites e promover essa mudança o mais breve possível pode ser a diferença entre haver ou não condições para a manutenção de uma vida saudável e evitar sequelas que se arrastem para o futuro.

Discussões com a do animeA Condition Called Love” serão muito positivas para o nosso futuro como sociedade. Somente jogando nosso preconceito de lado e abraçando a mudança podemos ver a evolução pessoal e da sociedade. Espero que esse tipo de história realista, deixando de lado a romantização do abuso e dos relacionamentos possessivos, ainda comuns em histórias e novelas, se torne mais comum para estabelecer limites morais para a vida comum.

E, claro, se estiver passando por qualquer conflito, busque tratamento profissional. Lembrando que mesmo aqui dentro do Deviante nós temos a nossa querida Juliana Vilela, a Jujuba, que é psicóloga e pode oferecer terapia online ou presencial para a galera de São Roque. Sigam ela lá no Instagram em @jujubavi, que ela começou a fazer uns conteúdos bem legais da área.

Beijos e saúde a todos!


(Imagem de Capa: Divulgação. Distribuidora: Kodansha Ltd.. Autoria: Morino Megumi.)

Primeiros passos no Treinamento Funcional com Cauê La Scala (Quatrode15 #192)

25 de Abril de 2024, 07:15

🎧 Esse é o episódio perfeito para quem quer aprender mais sobre treinamento funcional! Neste podcast, temos uma presença muito especial: o professor Cauê La Scala,  uma das maiores referências em treinamento Funcional no Brasil! 🏋️‍♂️

💥 O que você vai ouvir:

  • Insights incríveis sobre treinamento funcional
  • Dicas práticas para incluir o funcional na sua rotina de exercícios
  • Uma conversa descontraída e cheia de conteúdo de qualidade

Não perca essa oportunidade de ouvir as dicas e experiências do professor Cauê La Scala! Acesse o podcast Quatrode15 no Spotify e se prepare para transformar sua forma de treinar! 🏆

O Podcast Quatrode15 #192 apareceu primeiro em Quatrode15

Capa do episódio:

O Cheirinho do Armário (RPGuaxa #162)

25 de Abril de 2024, 02:52

RPG: Realidades Paralelas do Guaxinim, ou ainda RPGuaxa é um podcast gravado na forma de RPG; a cada episódio nosso Mestre Guaxinim apresenta um mundo novo aos jogadores e, juntos, criam uma nova história.

Todo programa é uma aventura única, uma história com inicio, meio e fim.

Tema do Episódio: Adolescentes, Aventura, romance


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Produção e Edição Final: Marcelo Guaxinim.

Edição: Rafael Zorzal

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Música: “Morning” Kevin MacLeod (incompetech.com)
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OBRIGADO A TODOS! E ESPERO LER SEU NOME NO PRÓXIMO GUAXAVERSO!

Fronteiras no Tempo #80 Questão Agrária no Brasil – parte 2

24 de Abril de 2024, 18:12
Por: C. A.

C. A. e Beraba estão de volta para trazer a 2ª parte do episódio sobre a questão agrária no Brasil. Nesta oportunidade, os historiadores refletem sobre as condições de trabalho, posse, propriedade e os domínios econômicos e social ligados a terra da Era Vargas aos nossos dias. Porém, eles dão especial atenção ao período da ditadura civil-militar no Brasil e nos diversos movimentos sociais cuja pauta e objetivo central giram em torno da Reforma Agrária no país, tão urgente e necessária.

Arte da Capa

Arte da CapaDanilo Pastor


Financiamento Coletivo

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O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar.

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“O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:

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● Comprometidas com valores científicos e éticos.”

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Como citar esse episódio

Fronteiras no Tempo #80 Questão Agrária no Brasil – parte 2. Locução Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler. [S.l.] Portal Deviante, 24/04/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=62284&preview=true


Expediente

Expediente

Produção Geral e Hosts: C. A e Beraba. Recordar é viver: Willian Spengler. Edição e Arte do EpisódioDanilo Pastor (Nativa Multimídia).


Material Complementar

Links

Memorial da Democracia: Trabalhador Rural Obtém Seu Estatuto

LEI Nº 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973. – Estatui normas reguladoras do trabalho rural.

LEI No 4.214, DE 2 DE MARÇO DE 1963.Dispõe sobre o “Estatuto do Trabalhador Rural” [revogada pela lei 5.889 de 8/6/1973]

Livros

ALENCASTRO, L. F. DE. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Cia das Letras, 2000

CASTILHO, Alceu Luis. Partido da Terra: como os políticos conquistam o território brasileiro. São paulo. Editora Contexto. 2012

FERREIRA, Jorge, DELGADO, Lucilia de Almeida N. (Org.) O Brasil Republicano (coleção em 5 volumes). Rio de Janeiro. Civ. Brasileira, 2002-2020.

IANNI, Octavio. Origens agrárias do Estado Brasileiro. São Paulo: Brasiliense, 1984.

LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

LINAHRES, Maria Yedda e SILVA, Francisco Teixeira da. Terra Prometida. Uma história da questão agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999.

MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. 9ª. Edição. São Paulo: Contexto, 2020

PRADO JR., Caio. A Revolução Brasileira e a questão agrária no Brasil. São Paulo: Cia. Das Letras, 2014.

PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Cia das Letras, 2011.

SILVA, Ligia Osório. Terra devolutas e latifúndios: efeito da lei de terras de 1850. Campinas: Unicamp, 1996.

SILVA, Marcio A. B. da, KOLING, Paulo J. [org.] Terra e poder: vivências e lutas sociais no campo. Passo Fundo: Acervus Editora, 2022.

STEDILE, João Pedro, FERNANDES Bernardo Mançano. Brava Gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999.


Madrinhas e Padrinhos 

Alexsandro de Souza Junior, Aline Lima, Allen Teixeira Sousa, Anderson Paz, André Luiz Santos, Andre Trapani Costa Possignolo, Artur Henrique de Andrade Cornejo, David Viegas Casarin, Elisnei Menezes de Oliveira, Ettore Riter, Flavio Henrique Dias Saldanha, Klaus Henrique De Oliveira, Luciano Abdanur, Manuel Macias, Rafael Machado Saldanha, Ramon Silva Santos, Renata Sanches, Ricardo Augusto Da Silva Orosco, Rodrigo Olaio Pereira, Thomas Beltrame, Tiago Nogueira e Wagner de Andrade Alves

O sinal da violência doméstica

24 de Abril de 2024, 13:00

No Brasil, a cada 24h pelo menos 8 mulheres são agredidas, segundo a Agência Brasil, dados de 2023. Essa estatística aumentou quando estávamos no período pandêmico, quando as mulheres e seus companheiros passaram a ficar mais tempo em casa, convivendo por mais tempo. O desgaste da relação contínua levou a graves episódios de violência, seja ela verbal, psicológica ou física.

Durante a pandemia da Covid-19, nos últimos 12 meses, 1 em cada 4 mulheres brasileiras (24,4%) acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência ou agressão. Isso representa cerca de 17 milhões de mulheres sofrendo violência física ou psicológica no último ano. Ainda, nesse mesmo período de 12 meses, 5 em cada 10 brasileiros (51,1%) relataram ter visto uma mulher sofrer algum tipo de violência no seu bairro ou comunidade, conforme dados da FBSP.

Assim, tem se compartilhado nas mais diversas redes sociais, em todo o mundo, um sinal de ajuda que mulheres podem fazer uso para pedir socorro em algum momento em que estejam vulneráveis, sofrendo algum tipo de violência, cárcere privado, etc.

Esse sinal é uma forma simples, sem despertar a atenção do agressor, em que a vítima levanta a mão, dobra o dedo polegar, e faz o movimento de abrir e fechar a mão com os quatro dedos, como na imagem de capa desse texto.

Com isso, é indicado que quem presenciar o pedido de ajuda entre em contato com as autoridades e solicite ajuda para que a mulher seja atendida e acompanhada por toda a assistência necessária para romper a realidade que tem sofrido.

A violência contra mulher é tema de atenção permanente na sociedade, pois todos os dias as mulheres passam por graves situações de violação dos seus direitos, sua intimidade, sua condição física e psíquica. Essa violência ocorre na própria residência, na grande maioria das vezes, seja pelo esposo, companheiro, pai ou filho. A mulher se encontra vulnerável no ambiente em que mais deveria se sentir segura.

É nesse contexto que cada vez mais as autoridades, as redes de apoio, os programas de proteção à mulher, vem se empenhando para criar formas de auxiliar as mulheres na sua proteção da saúde, da segurança e oferecendo uma assistência mais ampla, com locais de moradia, tratamento psicológico, cestas básicas, entre outras formas de auxiliar no acolhimento da mulher.

Mas antes de tudo isso ser possível, as mulheres que são vítimas de violência precisam pedir ajuda, e é por isso que se desenvolveu este sinal de socorro, no intuito de ter visibilidade em um momento de vulnerabilidade, em que o agressor não oferece condições da vítima pedir ajuda de outra forma.

Iniciação científica e minha experiência

22 de Abril de 2024, 13:00

Iniciação Científica é a porta de entrada para drogas mais pesadas (a imagem de capa é de autoria própria, admirem um belo ELISA de dopamina).

Toda vez que encontro alguém, seja aluno, colega de profissão ou até mesmo pessoas da academia, sempre uso essa frase. Tal qual a escolinha de futebol para muitos jovens que nasceram de onde eu vim, como cursinhos pré-vestibulares para quem se prepara para a entrar na universidade, a iniciação científica é um programa preparatório.

Oficialmente, segundo o site da Santa Casa de São Paulo, iniciação científica é “um programa oferecido por muitas instituições de ensino, tanto pública quanto privada, para que os alunos possam aprofundar seus conhecimentos em uma determinada área do seu curso.” Trocando em miúdos, a iniciação científica é um processo de construção de alunos de graduação para uma carreira acadêmica.

De forma geral, programas de iniciação científica acontecem tanto em instituições públicas quanto em privadas, tendo como base um professor ou investigador principal que possui uma linha de pesquisa, coordenados pela Pró-Reitoria de Pesquisa. Essas linhas de pesquisa variam conforme o local onde os professores são concursados, por exemplo, dentro do setor de um fictício Departamento de Hematologia, existem professores que trabalharão com hemácias, leucócitos, plaquetas etc. Isso é importante frisar por conta do processo que farei menção em seguida.

O objetivo final de uma iniciação é focar na formação acadêmica do graduando, construindo as ferramentas investigacionais para uma fixação de como se usa o método científico. Uma das partes mais importantes de uma iniciação é reiterar que não pode existir pressão para resultados positivos nessa etapa, pois o método é o mais importante.

A pesquisa de iniciação científica majoritariamente é prática, ou seja, o aluno realmente coloca a mão na massa. Se a linha de pesquisa do professor for com células, por exemplo, o aluno aprenderá a trabalhar com elas. Fazer relatórios e tratamento de dados é parte integral desses projetos, mas sempre com apoio e suporte do professor e muitas vezes do corpo de mestrando e doutorandos que habitam os laboratórios de pesquisa.

Entretanto, uma das questões que eu particularmente acho muito interessante na iniciação científica é o fato de ela ser um ponto de partida para a vida acadêmica. Para quem já conhecia o processo acadêmico e buscava esse tipo de caminho, a iniciação é uma oportunidade perfeita para construir experiência e currículo, pois geralmente no final das iniciações emerge um artigo científico que vai para publicação.

Porém, tão legal quanto formar um futuro cientista, é o detalhe que, para quem ainda não sabe muito bem o que quer seguir como carreira, a iniciação permite que muitas pessoas possam “colocar o pé na água” da pesquisa sem precisar se jogar de forma completa, como por exemplo em um mestrado ou doutorado.

Se você gostar, excelente! Bem vindo! Se não gostar, melhor ainda! Esses compromissos de mestrado ou doutorado são bem sérios, então para desistir no meio geralmente é um processo bem chatinho, mas é possível. Para evitar esse tipo de coisa, a iniciação vai te dar um ótimo panorama de como funciona o braço de Pesquisa de uma universidade.

Para conseguir uma iniciação científica, o processo varia consideravelmente entre instituições. Cada local tem seu programa de ingresso, mas o primeiro passo é encontrar um orientador que trabalhe com uma linha de pesquisa que você goste. Se você gosta de microbiologia, por exemplo, procure em instituições (principalmente públicas) departamentos que trabalham com micro-organismos. Como havia dito, normalmente as linhas de pesquisas são bem específicas, ou seja, se eu gostar de microbiologia, não vou conseguir encontrar um pesquisador que trabalhe com “bactéria” de forma generalista, mas sim algum micro-organismo específico dentro de uma pesquisa específica, algo como “Escherichia coli e sua interação com células NK”.

Depois dessa etapa, entra-se em contato com o orientador e apresenta-se o interesse em fazer uma iniciação científica. Daí pra frente, cada instituição dá um seguimento diferente. Um dos pontos importantes que deve sempre ser destacado é que muitos orientadores exigem dedicação exclusiva, então sempre verifique esse detalhe caso você possua outro compromisso, sempre deixe claro para o orientador para que os interesses fiquem alinhados.

Quanto à remuneração, que é um tópico muito importante tendo em vista a exigência ocasional de dedicação exclusiva de alguns orientadores, é baseada no sistema de bolsa. Temos duas agências de fomento federais importantíssimas, a CAPES e o CNPq. Dos dados que encontrei, segundo o próprio governo, gira em torno de R$700.

Além dessas agências federais, aqui no estado de São Paulo temos  uma agência estadual extremamente respeitada e muito cobiçada que é a FAPESP. Em geral a FAPESP paga um valor maior que as federais (segundo site próprio, uma bolsa de iniciação científica gira em torno de R$853,80), entretanto, costuma ser mais exigente em muitos aspectos.

Falando especialmente da minha experiência, fui muito feliz no meu projeto de iniciação. Fiz a minha iniciação no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), no Departamento de Farmacologia. O meu orientador foi o Prof. Dr. Stephen Fernandes de Paula Rodrigues, que foi um orientador fantástico que me mostrou os caminhos da pesquisa e me fez aumentar mais ainda meu desejo de ser cientista como ele.

Fui bolsista FAPESP, desenvolvendo uma pesquisa dentro da área de nanofarmacologia aplicada. A pesquisa que eu estava inserido estava dentro do arcabouço da pesquisa básica, onde trabalhei com modelos animais. Tive a sorte de encontrar um orientador espetacular com muita paciência, uma estrutura primorosa do ICB I, além de ter obtido resultados positivos e publicado dois artigos que nasceram desse projeto, com uma patente associada também. Só posso agradecer por tudo o que aprendi nesse período, do qual colho frutos até hoje.

 

Referências:

https://fcmsantacasasp.edu.br/blog/o-que-e-e-por-que-fazer-iniciacao-cientifica/

https://www.gov.br/cnpq/pt-br/acesso-a-informacao/bolsas-e-auxilios/copy_of_modalidades/tabela-de-valores-no-pais

https://fapesp.br/valores/bolsasnopais

https://jnanobiotechnology.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12951-021-00796-6

Os Cupim na Seringa (GuaxaVerso #107)

20 de Abril de 2024, 18:23

GuaxaVerso destrinchando episódios e respondendo comentários! Se Flopar nunca existiu. Até porque…. Nunca existiu mesmo.

Esta semana vamos falar tudo sobre o episódio de 161.

PS: EU SEI que o certo seria “Os cupins na seringa”, mas estou usando minha licença poética, sou arte.


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Edição: Marcelo Guaxinim.

“Love Song” Kevin MacLeod (incompetech.com)
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Resenha: Kill la Kill – Vestidos para Matar: uma história que corta paradigmas

19 de Abril de 2024, 13:00

Kill la Kill é um anime do estúdio Trigger lançado entre 2013 e 2014 e conta a história da novata Ryuko Matoi chegando na escola da cidade em que ela morava quando mais nova e tendo que lidar com a estranha hierarquia de lá, liderada pela famosa Satsuki Kiryuuin.

Ryuko teve o pai morto e sua única pista é metade de uma tesoura gigante usada pelo assassino, e ela fará de tudo para encontrar essa pessoa e se vingar. É um argumento de narrativa bem comum em mangás de ação liderados por personagens masculinos.

Nessa escola existem personagens com Uniformes Goku, feitos de um tecido especial que é capaz de elevar sua proeza física e mental até o limite, te dando poderes. Estas roupas também têm um ranking e uma hierarquia, tendo combates diários na escola, e uma ordem que tem que ser obedecida antes de chegar no chefão.

A história de Ryuko realmente começa quando encontra, na casa em que ela morava com o pai, uma roupa falante chamada Senketsu, que se alimenta de sangue. Na primeira luta em que a Ryuko derruba sangue nele, o Senketsu muda de forma, fica bem sexy, e demonstra ser uma roupa de ranking máximo, igual à da Satsuki.

Antes de falar qualquer coisa, quero reiterar que a leitura em japonês da palavra “kill” é “kiru” (キル) e significa matar. Porém, existem outros ideogramas que também são lidos como kiru, tal qual os verbos “cortar” e “vestir”, que trazem camadas para o título desse anime. Então o título pode ser lido como “vestido para matar” ou “cortar para vestir” ou “vestir para cortar” ou “cortar para matar” e todas as permutações possíveis dessas palavras, que fazem sentido, já que o tema e o Sistema de Magia são baseados em roupas.

Na escola, a Ryuko também faz amizade com uma menina da sala dela, chamada Mako Mankanshoku, que traz não só o alívio cômico como o suporte emocional para a protagonista.

O lance de Kill la Kill é o espetáculo visual que simula e faz referência a animes de garotas mágicas com transformação, focando especificamente na forma sensual das personagens femininas. Esse aspecto em específico pode ser desconfortável e desagradável de assistir, principalmente se a pessoa não está acostumada com esse aspecto cômico de mangás e animes voltados para garotos jovens, e também se elas não estiverem cientes da intenção de paródia.

O spoiler que eu vou dar nesse parágrafo é importante para esse entendimento, mas pode pular se não quiser ler. O vilão final são alienígenas que querem dominar a Terra através dos tecidos das roupas Goku e cujo arauto é a super-top-CEO-do-mundo-da-moda Ragyou Kiryuuin, mãe da Satsuki.

Narrativamente falando, os vilões são fracos. Pois eles aparecem só nos 45 minutos do segundo tempo. Mas, até lá, você tem o desenvolvimento da Ryuko, o seu crescimento para usar o Senketsu corretamente, junto com sua metade de tesourona, sua amizade com a Mako, sua relação com a Satsuki, que tem um twist interessante, e as relações dos outros personagens da escola, que, mesmo não sendo importantes para avançar o literal plot, têm sua importância para esse crescimento da Matoi.

O anime se utiliza de técnicas de animação e piadas de referência à outros animes que são mais engraçadas se você percebe que foi feito por uma equipe querendo contar a jornada dessa menina percebendo que a vingança dela estava direcionada para a entidade errada. Além de zoar transformações, dar zoom na bunda das meninas todas e ter um grupo revolucionário nudista, um homem do bdsm, uma vilã que tem uma banda, uma estilista super forte e críticas severas à desigualdade social japonesa, espelhadas na hierarquia da escola.

Mesmo com as questões semi-sexuais das roupas (inclusive tem um episódio inteiro sobre aceitar que, se você e a roupa estão fundidos então você está, tecnicamente, pelada), não existe nenhum casal canônico. Os fãs podem ler o que quiserem onde quiserem, mas o cânon não estabelece relações românticas entre nenhum personagem.

As roupas são o lance, ter ou não, vestir ou não. Você é quem você é, e sua roupa tem como/pode refletir isso, e não o oposto. Você não pode deixar uma saia curta controlar você. É uma premissa interessante de explorar e esse anime de lutas fantásticas e poderzinhos faz isso.

Eu gosto de Kill la Kill. Tem seus machismos, suas piadas infames, seus momentos desnecessários e tem um vilão que é muito mal estabelecido. Mas mesmo com isso tudo, o que ficou para mim no final foi a valentia e a vitória, a amizade entre as personagens, a vontade de tornar o mundo um lugar melhor, mais livre e mais igualitário. E a confiança de vestir o que eu quiser.

Contrafactual: e se os humanos pudessem ter uma versão animal? (SciCast #588)

19 de Abril de 2024, 03:18

Essa semana o SciCast, na verdade, será um Contrafactual onde brincamos com a possibildiade de sermos animagos. Qual seria sua versão animal? Como essa possibilidade mudaria a maneira como nos relacionamos em sociedade? Qual seria o impacto sobre as leis e costumes relacionados aos animais não-humanos? Quais habilidades não-humanas nos beneficiariam?

 

 

 

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Citação ABNT: Scicast #588: Contrafactual: e se os humanos pudessem ter uma versão animal?. Locução: Tarik Fernandes, Fernando Malta, Matheus Berlandi, Isabela Fontanella. [S.l.] Portal Deviante, 19/04/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast-588

Arte:


 

 

Leitura de Comentários e Emails (SciCast #579 a 586)

18 de Abril de 2024, 23:17

Sejam bem-vindos à leitura de emails e comentários do SciCast! Nesta nesta semana lemos os comentários sobre os episódios 579 a 586 do SciCast, emails recebidos, comentários do Spotify e do site do Deviante.

 

 

 

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Edição: Felipe Reis


 

 

Podcast Quatrode15 #191 – O que são Exercinas? com Prof. Zeca

18 de Abril de 2024, 07:15

🎙 Você já ouviu falar sobre Exercinas? Hoje no Quatrode15, o professor Zeca vai mergulhar nesse assunto fascinante e explicar tudo o que você precisa saber! 💥

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O Podcast Quatrode15 #191 apareceu primeiro em Quatrode15

Capa do episódio:

Yakuza! O GTA Japones, SQN! (Miçangas #208)

17 de Abril de 2024, 20:57

Essa semana vamos falar da série de jogos Yakuza sem ter jogado todos os jogos!


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Por que vampiros não morrem com a luz da Lua?

17 de Abril de 2024, 13:00

Se a luz da Lua é só luz do Sol refletida, por que vampiros não morrem com ela também?

 

De onde vem a luz do Sol?

Nosso Sol, assim como as demais estrelas, são nuvens gigantescas e densas de gás que se mantém junto, devido ao seu próprio peso, pela força da gravidade.

Vamos pensar na estrela como se fosse uma cebola onde cada pétala é uma camada de gás. Quanto mais interna for a camada de gás, maior será a pressão nessa região para suportar o peso das camadas exteriores. É esse balanço de forças entre a gravidade e a pressão que dá as condições para a manutenção da estrela como um corpo.

Ainda, quanto mais dentro da estrela, maior sua temperatura: a superfície do Sol chega a cerca de 6.000°C, enquanto no seu centro a temperatura alcança 15.000.000°C.

A densidade e a temperatura no centro das estrelas faz com que estes se tornem verdadeiros reatores nucleares! A energia do Sol vem de uma reação nuclear em cadeia, onde 4 núcleos de hidrogênio se fundem formando um núcleo de hélio. Porém dessa reação, “sobra” 0,7% da massa inicial.

Essa “sobra” é expelida como energia durante a fusão e é emitida para as camadas mais externas do Sol, fazendo a superfície esquentar e causando o brilho da estrela.

Imagem: Reação em cadeia próton-próton. A fusão de dois prótons gera um deutério, liberando um neutrino e um pósitron. O deutério e um próton fundem formando um isótopo de Hélio-3. Este é, posteriormente, convertido em Hélio-4, pela fusão de dois núcleos de Hélio-3 com a liberação de dois prótons. [Ref.]

De onde vem a luz da Lua?

A Lua, diferente das estrelas, não produz sua própria luz. A luz da Lua é a luz do Sol refletida.

Apesar de vermos a Lua como se ela fosse quase branca, isso é uma ilusão. A Lua tem diferentes tons de cinza, como rochas encontradas próximas à vulcões aqui na Terra. Esses materiais de coloração escura absorvem a maioria da luz visível que vem do Sol. Em média, somente 10% da luz do Sol que chega à Lua é refletida de volta para o espaço.

Essa taxa de luz refletida é chamada de albedo e ela depende da composição da superfície e/ou da atmosfera do corpo. Por exemplo, o albedo da Terra é de cerca de 30% devido à quantidade de água na superfície do nosso planeta, uma vez que a água tem um albedo baixo.

E você já ouviu falar na “Estrela D’Alva” ou “Estrela da Manhã”? Depois da Lua, esse corpo celeste é o mais brilhante que vemos no nosso céu noturno após o pôr do Sol ou um pouco antes do nascer do Sol (dependendo da época do ano). Porém a “Estrela D’Alva” não é uma estrela, pois ela não produz sua própria luz, na verdade o corpo celeste é o planeta Vênus! A luz que vemos é também a luz do Sol refletida. Esse planeta tem um albedo de cerca de 50%, ou seja, metade da luz do Sol que chega a ele é refletida.

Albedo: quanta luz é refletida? A Lua reflete somente uma pequena fração da luz do Sol e absorve o restante. Em outras palavras, a Lua tem um albedo baixo. Vênus tem um alto albedo. Materiais também podem ser descritos dessa forma. Neve, por exemplo, tem um alto albedo (reflete quase toda a luz do Sol) e o asfalto tem um albedo baixo (absorve quase toda a Luz do Sol. [Ref.]

 

Por que a luz da Lua não mata vampiros?

Depois dessa breve explicação, fica claro que a quantidade de radiação luminosa que “vem” da Lua até nosso planeta é muito menor do que aquela que vem do Sol. Então, talvez seja por isso que a luz da Lua não mate vampiros!

Ou do mesmo jeito que para o vampiro poder entrar na sua casa, ele precisa ser convidado, pode ser que o vampiro precise ter o conhecimento de que a luz da Lua é na verdade a luz do Sol refletida para que essa o atinja.

Caso seja atacado por um vampiro no futuro, teste essa hipótese e torça para que aconteça o mesmo da tirinha a seguir que serviu de inspiração para esse texto.

Tirinha original de Martin Perscheid. Na tirinha uma pessoa está sendo atacada por um vampiro e diz “A Lua não tem luz própria, ela reflete a luz do sol. O vampiro então olha para a frente assustado, quebrando a quarta parede, e, em seguida, vira cinzas. Ao final se lê “a ciência salva vidas”.

 

Até a próxima!

 

 

Referências:

Site do autor da tirinha

CLAYTON, D. D. The origin of the elements and the life of a Star.

ARAUJO, V. O. Energia do Sol.

Qual é a fonte de energia do Sol?

Nuclear fusion – The Power of the Sun

Moonlight

Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #17 Mausoléu Castelo Branco e as resistências de Plínio Marcos

16 de Abril de 2024, 13:03
Por: C. A.

O Fronteiras no Tempo: Giro Histórico conta em seu 17º episódio com a participação das historiadoras Aline Lima e Isa Soares, que abordam temas relacionados aos 60 anos do Golpe de 1964 e da Ditadura Civil-Militar. Aline Lima conta a trajetória do espaço dedicado a memória do general Castelo Branco, primeiro presidente do regime de exceção, e, especialmente, sobre os novos significados dessa memória em nossos dias. Na sequência Isa Soares, que também é atriz e tem forte ligação com o teatro, descreve uma faceta da obra pouco conhecida do dramaturgo Plínio Marcos, que era voltada ao público infantil. Porém, nada no teatro de Plínio era ingênuo ou despretensioso, muito pelo contrário, pois em peças voltadas as crianças ele trazia importante reflexões e críticas sobre a ditadura.

Arte da Capa

Arte da Capa: Marcelo Beraba


MENCIONADO NO EPISÓDIO

Entrevista da Aline Lima para o Historicidade

Fronteiras no Tempo: Historicidade #42 Engenheiros e o combate a seca

Trilogia sobre a Ditadura Civil-Militar Brasileira

Fronteiras no Tempo #21 – Golpe de 1964  

Fronteiras no Tempo #22 – Ditadura Civil-Militar  

Fronteiras no Tempo #24: Fim da Ditadura Civil-Militar  

Outros episódios relacionados ao tema

Fronteiras no Tempo: Historicidade #51 Espionagem, Igreja e Ditadura Civil-Militar  

Fronteiras no Tempo: Historicidade #50 Museu do Trabalho e dos Direitos Humanos 

 Memória da Ditadura Civil Militar Brasileira – 27 Borean (Spin#1926 – 25/02/2023) 

Fronteiras no Tempo: Historicidade #14 Itamaraty e as Forças Armadas na Ditadura

Fronteiras no Tempo: Historicidade #9 Histórias da Ditadura Civil-Militar

 Contrafactual #32: E se não tivesse havido Ditadura Militar no Brasil? 


Financiamento Coletivo

Estamos em processo de mudança do PADRIM  para outro sistema de financiamento coletivo – novidades em breve

PIX: [chave] fronteirasnotempo@gmail.com


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O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar.

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Como citar esse episódio

Fronteiras no Tempo: Giro Histórico #17 Mausoléu Castelo Branco e as resistências de Plínio Marcos. Locução Cesar Agenor F. da Silva, Aline Lima e Isa Soares. [S.l.] Portal Deviante, 16/04/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/?p=62190&preview=true


Expediente

Produção Geral e Host: C. A. Arte do Episódio: Marcelo Beraba. Edição: C. A.


Trilha sonora utilizada

Birds – Corbyn Kites

Wolf Moon – Unicorn Heads

Dance, Don’t Delay de Twin Musicom é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Fonte: http://www.twinmusicom.org/song/303/dance-dont-delay

Artista: http://www.twinmusicom.org


Madrinhas e Padrinhos 

Alexsandro de Souza Junior, Aline Lima, Allen Teixeira Sousa, Anderson Paz, André Luiz Santos, Andre Trapani Costa Possignolo, Artur Henrique de Andrade Cornejo, David Viegas Casarin, Elisnei Menezes de Oliveira, Ettore Riter, Flavio Henrique Dias Saldanha, Klaus Henrique De Oliveira, Luciano Abdanur, Manuel Macias, Rafael Machado Saldanha, Ramon Silva Santos, Renata Sanches, Ricardo Augusto Da Silva Orosco, Rodrigo Olaio Pereira, Thomas Beltrame, Tiago Nogueira e Wagner de Andrade Alves

Meu código sem testes será sua herança

15 de Abril de 2024, 13:00

E lá está o jovem programador, anunciando orgulhoso para a sua sogra que a partir de amanhã ele será “O responsável por todo o legado da sua empresa!“.

Em seguida, todos na mesa de jantar se levantam entusiasmados para abraçar e parabenizar o rapaz por essa grande conquista.

Homem pensativo

Imagem de homem sentado e pensativo com as duas mãos juntas próximas ao nariz

Exceto o cunhado, um programador das antigas que após um longo suspiro acende um cigarro e lança um olhar vazio para o horizonte.

 

Introdução

Apesar de um pouco dramática, esta cena talvez não aconteça nos dias de hoje. Uma vez que atualmente até os programadores  iniciantes já sabem que lidar com Softwares Legados não é uma atividade tão glamorosa quanto parece.

Um código não se torna legado apenas porque foi escrito há muito tempo e por utilizar tecnologias ultrapassadas. Ao passo que o QuickSort, por exemplo, foi publicado em 1962 e ainda continua sendo uma referência em Algoritmos de Ordenação.

Apenas o fato de possuir muitas dívidas técnicas e não fazer o uso de Testes Automatizados já candidata um código como legado.

E antes de mais nada: esta opinião não é minha e sim do Consultor Michael C. Feathers em seu famoso livro “Working Effectively with legacy code“.

Em 2012, eu me aventurei a elaborar um artigo de iniciação científica acerca desse livro, como atividade da minha não concluída Pós Graduação em Engenharia de Software.

Irei apresentar a partir de agora alguns fragmentos e insights adquiridos nesta empreitada.

 

Principais desafios ao lidar com código legado

Trabalhar com Sistemas legados não é apenas um desafio técnico. Também é um paradoxo gerencial,  uma vez que, pela lógica, um gestor não deve investir dinheiro para realizar alterações em um software que já está desatualizado.

Computador antigo

Imagem de um computador antigo sendo apresentado

Contudo há situações onde:

  • O Software Legado eventualmente entrega informações básicas para outros sistemas mais modernos.
  • O Software Legado é tão específico que torna inviável a sua substituição.
  • O custo para realizar o  software Legado foi tão alto que a gestão não consegue defender a ideia de “jogá-lo fora“.

Ok, então vamos deixar os programadores da empresa realizando a manutenção desses sistemas, correto?

Talvez. Mas é provável que essa ação gere outros problemas:

  • Cada modificação no sistemas envolve o risco de criar bugs.
  • Pra evitar essa situação, as alterações nos softwares legados se tornam minuciosas e demoradas. O que deixa o departamento de desenvolvimento com a fama de não conseguir atender a velocidade que o negócio precisa.

Tudo bem. Mas o que devemos fazer então?

 

Estratégias para atacar o problema

Não existe uma Bala de Prata para matar esse lobisomem abstrato. Contudo  podemos adotar algumas estratégias. Irei citar algumas (livro do Michael possui mais ou menos 24 técnicas) que apesar de meio densas, são bem interessantes.

 

Encontrar os pontos de inflexão

Sabe aquelas vias da cidade que, quando ficam engarrafadas, paralisam a cidade inteira? Pois bem, eventualmente os Sistemas de Informação também possuem alguns componentes-chave que alteram de forma significativa o comportamento de outros.

Com a ajuda dos responsáveis pelo negócio, que entendem como as regras do sistema funcionam, é possível que os programadores identifiquem esses pontos.

 

“Fotografar” as Entradas e Saídas

Após identificar um  ponto de inflexão, os programadores podem isolá-lo com ferramentas específicas e capturar as suas entradas e saídas.

 

Criar os Stubs e Mocks

Após essa captura, os programadores criam uma outra aplicação, que automatiza o envio das entradas simuladas ao sistema e confere as suas  saídas.

Há várias estratégias para realizarmos este tipo de testes, que popularmente chamados de mocks e stubs.

Foge do escopo deste artigo explicar esta técnica mais a fundo. Caso seja do seu interesse  recomendo ler este artigo aqui ou se tiver mais empolgado consultar a clássica fonte primária sobre o assunto.

 

Realizar as alterações

Com uma camada de segurança formada pelos mocks e testes automatizados.  E com o entendimento dos pontos críticos do Sistema, obtidos em conjunto com os responsáveis pelo negócio, o Time de desenvolvimento finalmente pode realizar as alterações.

Imagem de vitória

Tabuleiro de Xadrez com uma peça de Rei de cor escura sendo derrubada por uma peça de cor clara que está na mão de uma pessoa.

 

Conclusão

De forma bastante resumida, chegamos na conclusão de que cercar os Pontos de Inflexão de um sistema legado com “Testes de fumaça” e Mocks pode ser uma boa estratégia para conseguir mantê-lo e realizar atualizações no seu código de forma segura e com maior rapidez.

Entender como lidar com Softwares Legados é um tema um pouco denso e eu espero que você tenha tido uma boa experiência lendo até aqui.

Há exemplos práticos de código que caso você tenha interesse, podem ser apresentados numa próxima oportunidade.

Obrigado pela leitura e fique à vontade para continuarmos a conversa nos comentários.

Vocês sabiam que dá para usar o GPS para outras coisas?

12 de Abril de 2024, 13:00

Talvez você esteja lendo o título desse post e está tentando entender o que eu quero dizer. Bom, foi uma maneira de tentar fazer um clickbait, chamar sua atenção. Espero que tenha funcionado.

Nós usamos os satélites do sistema GPS diariamente de maneira automática, da mesma maneira que usamos a energia elétrica ou internet, quero dizer, a gente nem pensa muito na grandeza toda da coisa. Aplicativos como Google Maps e Waze são essenciais no dia a dia da maioria das pessoas e ambos usam esses queridos satélites que estão localizados em órbitas a 20 mil quilômetros de distância da Terra.

O GPS (Global Positioning System) é o GNSS (Global Navigation Satellite System) mais conhecido e mais utilizado. Digo isso porque existem outras constelações de satélites para fins de posicionamento e navegação. Na Europa há o Galileo, há também o Globalnaya navigatsionnaya sputnikovaya sistema (GLONASS) da Rússia e o Sistema de Navegação por Satélite BeiDou da China.

Desenvolvido pela US Airforce, o GPS (ou NAVSTAR-GPS) possui atualmente 31 satélites que dão duas voltas por dia ao redor da Terra. Quando nos localizamos usando nosso celular, precisamos acessar pelo menos 4 desses satélites para que tudo funcione. Não é difícil conseguir 4 satélites, porque geralmente tem pelo menos uns 5-10 disponíveis no céu.

Muitas vezes a localização de seu celular não funciona porque você está sem acesso à internet, a responsável por carregar os dados de mapas, correções diversas, dados de trânsito e outras informações. Ou seja, não é culpa dos satélites! Tanto que há uns 10 anos nós usávamos aqueles receptores de GPS pra carro (que eram bem caros, lembro que eu tinha um da Discovery) e um grande problema era que muitas vezes os mapas estavam desatualizados (ruas novas, alterações no sentido do trânsito).

Só que os satélites do GPS (ou outros GNSS) não são usados somente para navegação. Vamos imaginar uma antena de GPS de alta precisão, instalada em qualquer lugar da superfície da Terra (e existem várias). Essa antena pode detectar movimentos na escala de mm em todas as direções (x, y e z). Com isso, consigo detectar a ocorrência de movimentos na crosta terrestre.

Posso também instalar essas antenas ao longo de um vulcão e detectar deformações relacionadas aos movimentos internos do magma, o que ajuda a monitorar a atividade do vulcão.

Os sinais dos satélites do GPS atravessam a atmosfera e interagem com a ionosfera e com as demais camadas atmosféricas. Essa interação também pode nos ajudar a estudar e compreender alguns fenômenos atmosféricos.

Quando os sinais dos satélites GPS finalmente atingem a superfície, podem sofrer reflexões dependendo do tipo de superfície. Essas reflexões podem ser detectadas pelas antenas de alta precisão. Em outras palavras, além do sinal que chega diretamente do satélite para a antena, sinais que refletiram na superfície ao redor da antena também chegam até ela. Esses sinais refletidos são um problema quando estamos pensando em geolocalização. Porém, quando estudamos esses padrões de reflexão podemos estimar a quantidade de umidade do solo, parâmetro muito importante para a agricultura e gestão de recursos hídricos. Não é fantástico como algo que pode ser um problema para o objetivo principal do GPS pode ser uma solução para outros problemas?

Portanto, quando você estiver usando o Google Maps para encontrar aquela chácara daquela festa de casamento no meio do nada, saiba que o GPS também possui muitas outras aplicações que estão constantemente sendo aprimoradas pelos cientistas nas universidades.

Mais informações e fontes:

 

Propriedade Intelectual: Patentes (SciCast #587)

12 de Abril de 2024, 10:56

O que é propriedade intelectual? O que são patentes? Para que servem as patentes? Podemos patentear qualquer coisa ou ideia? Como fazer uma patente? 

 

 

 

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Equipe de Gravação: André Trapani, Tiago Protti Spinato, Fernanda Spinato, Ramon Carollo Sarabia Neto, Marcelo de Matos

Edição: TalknCast

Citação ABNT: Scicast #587: Patentes. Locução: André Trapani, Tiago Protti Spinato, Fernanda Spinato, Ramon Carollo Sarabia Neto, Marcelo de Matos. [S.l.] Portal Deviante, 12/04/2024. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/scicast-587

Arte:


Referências e Indicações:

Sugestões de literatura:

[1] http://www.inovacao.unicamp.br/report/news-patentesinpi.shtml

[2] Colucci, G.; AIM Magazine; vol. 52; n°1; 1998; pp. 29-31.

[3] Iudici, N.; Patents as a source of competitive intelligence for analyzing the R&D strategy of Basell main competitors; Master of Science Technologies and Management – MaSTeM 2005; Università degli Studi di Ferrara.

[4] Merges, R.P.; On the Origins of Patent Law; Boston University School of Law; 1991.

[5] Rippe, K.D.; Gough, D.; European and International Patent Applications – A Practical Guide; Ed Carl Heymanns Verlag KG; Cologne, Berlin, Bonn, Munich; Germany, 2002.

[6] Amernick, B.A.; Patent Law for the non lawyer – A Guide for the Engineer Technologist and Manager; ed. Van Nostrand Reinhold; New York; second edition; 1991; cap 8; pp 91-98

[7] http://www.patentlens.net/daisy/adjuvants/ext/navaggregator/navaggregator

[8] The International Patent System in 2008 – PCT Yearly Review: Developments and Performance; http://www.wipo.int/export/sites/www/ipstats/en/statistics/pct/pdf/yearly_review_09.pdf

Guaxinins: O Retorno dos Filhotes (RPGuaxa #161)

11 de Abril de 2024, 13:44

RPG: Realidades Paralelas do Guaxinim, ou ainda RPGuaxa é um podcast gravado na forma de RPG; a cada episódio nosso Mestre Guaxinim apresenta um mundo novo aos jogadores e, juntos, criam uma nova história.

Todo programa é uma aventura única, uma história com inicio, meio e fim.

Tema do Episódio: Fantasia, Guaxinins.


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Produção e Edição Final: Marcelo Guaxinim.

Edição: Rafael Zorzal

Jogadores do Episódio: Jean, Sara e João Pedro.

Música: “Morning” Kevin MacLeod (incompetech.com)
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http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

QUEM APOIA ESSE PROJETO: Adienny Silva; Adriana Cristina Alves Pinto Gioielli; Adriano Contreras Alberto; Agata Sofia; Alan Godoy De Quevedo; Alberto Dias De Souza; Alcides Junior; Alessandro Freitas; Alex Primo Brustolin; Alex Wiedermann; Alexandre Acioli; Alexandre Chagas Pelegrineli ; Alexandre Dotto; Alexandre Yuji Iwashita; Alisson Fernandes; Allan Felipe Rocha Penoni; Allen Teixeira Sousa ; Allyson Araujo; Ana Kurata; Anderson Bonfar; Anderson Camatari Vilas Boas; Anderson Furtunato; Anderson Key Saito ; André Gebran; Andre Toshio Freire Miyamoto; Andre Trapani Costa Possignolo; André Bernardo; André Luiz Pereira; Angélica Lyssa; Anselmo Joao Conzatti; Anthony Cuco; Antonio Carlos De Souza; Apophillis; Ariel N. Vovchenco Jķnior; Arthur Damasceno; Arthur Pereira; Atari Boy; Atila Paes; Bernardo Malta; Bruna Castro Alves Plank; Bruna Karla Santos; Bruno Marques ; Bruno Lima Da Silva; Bruno Saito; Bruno Schmoeller May; Bárbara Fiorot; Caio Andre Lourencio Dos Santos; Caio Favero; Caio Feitosa De Almeida Cruz; Carlos Augusto Francisco Martins; Carlos Edegar Bergold; Carlos Henrique Ballestero; Carlos Henrique Freitas Barbosa; Carlos Roos; Charles Fray; Christian Bastos ; Christian Reyes; Cibelle Barnabť Vernay; Claudio Picoli; Cleiton Torres; Cleriston Araujo Chiuchi; Crhisllane Vasconcelos; Cristian Henrique Lucinski De Oliveira; Cristian Maicon Voltolini; Cristiano Souza; Danielle Golebiowski Ren; Danilo Santana; Davi Alexandre De Souza; Debersom Carvalho Nascimento; Debora Cabral Lima; Débora Mazetto; Dennis Carvalho; Diego Melo; Dilenon Stefan Delfino; Diogo Fernandes De Oliveira; Diogo Portugal Ito Bastos Pinto; Douglaa Gioielli; Douglas Pierre; Douglas Ramos Da Silva; Eduardo Martins; Eduardo Cristiano Zabiela; Eduardo Crunfli; Eduardo Dias Defreyn; Eduardo Gusmao; Eduardo Railton; Elifa França; Elisnei Menezes De Oliveira; Emerson Rafael Marchi; Emille Yoshie Sasaki; Erico Constantino; Erik Beserra Borba; Esron Silva; Everton Gouveia; Ezequias Evangelista; Fabio Ayres Fabiano Da Silva; Fabio Domingues Gameiro; Fabíola Belo; Felipe Alencar De Queiroga Passos; Felipe Corš; Felipe Dantas; Felipe De Moraes Matsuda; Felipe Penninck; Felipe Queiroz Da Silva; Felipe Ronchi Brigido; Felipe Xavier; Fernanda Cortez De Santa Rosa; Fernanda Martineli; Fernando Rodrigo; Fernando Dos Santos Silva; Filipe Calheiros De Albuquerque; Filipe Poiato; Filipe Rios; Filipe Rodrigues; Filippo; Flavia Da Silva Nogueira Ward; Francisco Falzoni; Gabriel Andrade; Gabriel Araķjo; Gabriel Balardino Bogado Faria; Gabriel Pinheiro Cunha Brandão; Gabriel Starling; Gabriel Zanini Soares Da Silva; Gabriela Gusmão De Lima; Gean Homem Marzarotto; Geraldo Nagib Zahran Filho; Gianfrancesco Geraldini Antonangeli; Gilles De Azevedo; Giovane Kauer; Glauco Lo Leggio Morais; Guilherme; Guilherme Cardoso; Guilherme Candeira; Guilherme Fabrūcio; Guilherme Piassa; Guilherme Sassaki; Guilherme Silva; Gustavo Alves Pires; Gustavo Bernardo; Gustavo Henrique Alves Domingues; Gustavo Henrique Trajano Do Nascimento; Gustavo Martinez; Gustavo Santos; Guthyerres Borges; Handressa; Heber Pereira; Heitor Moraes; Henrique Meneses; Henrique Suzuki; Herica Freitas; Hélcio Vitor Pandini Siqueira; Hugo Aparecido Oliveira Dos Santos; Ian Bonfim; Iara Grisi Souza E Silva; Icaro Oliveira; Igor Bajo; Isa Vitorino; Isabela Fontanella; Isolda Florencio; Ivan Lemos; Jackson Luiz De Marco; Janaina Cristina Jaques Moron; Jeferson De Santana Correa; Jeferson Estevo; Jefferon; Jerry Vinūcius Silva De Souza; Jhonny Rossi; Júlio Pedroni; João Carlos Rodrigues; João Matias; João Pedro Rosa Ferreira; João Rafael Marcelino; Joanna Albuquerque; Joao L. 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OBRIGADO A TODOS! E ESPERO LER SEU NOME NO PRÓXIMO GUAXAVERSO!

Fronteiras no Tempo: Historicidade #55 Carlos Marighella, cinema e História

9 de Abril de 2024, 13:05
Por: C. A.

Nos versos da canção do Racionais MC’s ouvimos que revolução no Brasil tem um nome: Carlos Marighella. “As mil faces de um homem leal”, título da música, serve de inspiração para a conversa que tivemos com o pesquisador Ygor Pires, atualmente doutorando na UERJ, sobre este líder político assassinado pelo Estado enquanto lutava contra a opressão da ditadura civil-militar brasileira. Na entrevista falamos sobre as relações entre Cinema e História, sobre a vida de Marighella e, especialmente, sobre as repercussões da produção do filme sobre ele, lançado em 2019, com Seu Jorge no papel principal e a direção de Wagner Moura. Compreender as interseções entre estes temas é fundamental neste momento em que relembramos os 60 anos do golpe e, ainda, para que possamos ter papel mais ativo nos debates sobre a memória da ditadura, evitando que sejam apagadas as lutas das inúmeras vítimas que pereceram nas mãos do regime militar.

Arte da Capa

Arte da CapaDanilo Pastor


INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR DO HISTORICIDADE

O Historicidade é o programa de entrevistas do Fronteiras no Tempo: um podcast de história. O objetivo principal é realizar divulgação científica na área de ciências humanas, sociais e de estudos interdisciplinares com qualidade. Será um prazer poder compartilhar o seu trabalho com nosso público. Preencha o formulário se tem interesse em participar.

Link para inscriçãohttps://forms.gle/4KMQXTmVLFiTp4iC8


Financiamento Coletivo

Estamos em processo de mudança do PADRIM  para outro sistema de financiamento coletivo – novidades em breve

PIX: [chave] fronteirasnotempo@gmail.com


Saiba mais do nosso convidado

Ygor Pires Monteiro

Currículo Lattes

Contato: ygor_pires01@hotmail.com

Redes sociais: Instagram @ygorpiresm

Site Nosso Cinema – críticas de cinema. 


Divulgação da produção do convidado

MONTEIRO, Ygor. P. (2018). Lúcia Murat: trajetos de uma vida pela ditadura civil-militar – sensibilidades cinematográficas e história pública (1989-2012). Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil. Disponível: https://app.uff.br/riuff;/handle/1/13429

MONTEIRO, Ygor P. Possibilidades de estudos de recepção na interface história e cinema: a dimensão da internet. In: 2022: ANAIS do XIII Encontro Estadual da ANPUH – GO: História, Crise Ambiental e Vulnerabilidades Sociais, 2022, Goiânia. REPOSITÓRIO DE ANAIS DA ANPUH-GO, 2022. Disponível: https://anpuhgoias.com.br/periodicos/index.php/caliandra/article/view/53

MONTEIRO, Ygor P.. A recepção do filme ‘Marighella’ nas redes virtuais: disputas de narrativas sobre a ditadura civil-militar. In: Anpuh – 31º Simpósio Nacional de História, 2021, Rio de Janeiro. Cinema, historiografia e cultura visual, 2021. Disponível: https://www.snh2021.anpuh.org/site/anais

MONTEIRO, Ygor P.  Likes, dislikes e views: reflexões sobre linguagens e narrativas dos meios virtuais para a pesquisa histórica. Revista Historiar, [S. l.], v. 14, n. 26, p. 133–149, 2022. Disponível em: //historiar.uvanet.br/index.php/1/article/view/383.

MONTEIRO, Ygor P. Contextos, narrativas e recepções do filme Marighella: o micro e o macro no Brasil contemporâneo. Temporalidades –Revista de História, ISSN 1984 – 6150, Edição 37, v. 14, n. 1 (Jan./Ago. 2022). Disponível: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/39219

MONTEIRO, Ygor P.. Pensando a trajetória de Carlos Marighella na biografia jornalística e no cinema documentário. In: ANAIS da XV Semana de História Política da UERJ: O legado freiriano para o século XXI – interfaces entre história política e história pública, 2022, Rio de Janeiro.  Disponível: https://www.semanadehistoriapoliticauerj.com/2021


Indicações de referências sobre o tema abordado

BAMBA, Mahomed. A recepção cinematográfica. Teoria e estudos de caso. Salvador: EDUFBA, 2013  

ELSAESSER, Thomas; HAGENER, Malte. Teoria do cinema: Uma introdução através dos sentidos. Campinas: Papirus, 2018

FERRO, Marc. Cinema e história. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

KRISTIAN, Feigelson; FRESSATO, Soleni B.; NÓVOA, Jorge Luiz B. (orgs.) Cinematógrafo: um olhar sobre a história. Salvador: EDUFBA, 2009

MAGALHÃES, Mário. Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mundo. RJ: Companhia das Letras, 2012

MÜLLER, Angélica; IEGELSKI, Francine (orgs.). História do tempo presente: mutações e reflexões. RJ: FGV, 2022

NICHOLS, BILL. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus Editora, 2007

RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. São Paulo: Editora UNESP, 2010

ROSENSTONE, Robert. A história nos filmes, os filmes na história. SP: Paz e Terra, 2010.

STAM, Robert. Introdução à teoria do cinema. 5ª ed. São Paulo: Papirus, 2013.

XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico: A opacidade e a transparência. SP: Paz e Terra, 2008.

XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema. SP: Paz e Terra, 2018.


Selo saberes históricos

Agora o Fronteiras no Tempo tem o selo saberes históricos. O que é este selo?

“O Selo Saberes Históricos é um sinal de reconhecimento atribuído a:

● Práticas de divulgação de saberes ou produções de conteúdo histórico ou historiográfico
● Realizadas em redes sociais ou mídias digitais, voltadas para públicos mais amplos e diversificados
● Comprometidas com valores científicos e éticos.”

Saiba mais: https://www.forumsabereshistoricos.com/


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Contato fronteirasnotempo@gmail.com


Como citar esse episódio

Fronteiras no Tempo: Historicidade #55 Carlos Marighella, Cinema e HIstória. Locução: Marcelo de Souza e Silva e Ygor Pires Monteiro [S.l.] Portal Deviante, 09/04/2024. Podcast. Disponível em:  https://www.deviante.com.br/?p=62118&preview=true


Expediente 

Arte da vitrine: Danilo Pastor; Edição:  Talk’nCastRoteiro: Marcelo Beraba e C. A. Apresentação: Marcelo Beraba.


Madrinhas e Padrinhos 

Alexsandro de Souza Junior, Aline Lima, Allen Teixeira Sousa, Anderson Paz, André Luiz Santos, Andre Trapani Costa Possignolo, Artur Henrique de Andrade Cornejo, David Viegas Casarin, Elisnei Menezes de Oliveira, Ettore Riter, Flavio Henrique Dias Saldanha, Klaus Henrique De Oliveira, Luciano Abdanur, Manuel Macias, Rafael Machado Saldanha, Ramon Silva Santos, Renata Sanches, Ricardo Augusto Da Silva Orosco, Rodrigo Olaio Pereira, Thomas Beltrame, Tiago Nogueira e Wagner de Andrade Alves


 

Hidrólise enzimática de pescados: minha iniciação científica na área de alimentos

8 de Abril de 2024, 13:00

Olá pessoal. Aqui sou eu, Lênin, trazendo para vocês mais uma experiência pessoal. No texto de hoje, quero apresentar ao leitor como foi minha iniciação científica, esta que é imprescindível para qualquer pessoa que vá trabalhar (ou já trabalhou) com pesquisa e análises de cunho científico.

Esta ideia surgiu com um grupo de colegas redatores do Portal Deviante. Pessoas que já passaram por esta experiência iniciática intensa para o universo da ciência. Com esta série de textos que sairá ao longo das próximas segundas, queremos também te passar algumas ideias sobre o que esperar dessa etapa na sua vida profissional. Vamos nessa?

A minha iniciação científica aconteceu bem no meio do meu curso técnico integrado ao ensino médio, quando eu tinha 18 anos. O campus ofertava oportunidades tanto para pesca, criação de peixes ou processamento de pescados (manipulação, conservação de carne, etc.). Como eu queria ir para a área de alimentos, busquei oportunidades com o grupo de processamento. Houve uma bolsa, e assim comecei minha iniciação como pesquisador.

Meu primeiro projeto de pesquisa foi sobre hidrólise enzimática em subprodutos da indústria do pescado, em especial da cabeça de atum (Thunnus albacares) e da carcaça do peroá (Balistes capriscus). Minha primeira bolsa veio desse projeto, que foi ofertado pelo GEPP (Grupo de Estudo em Processamento de Pescado) do IFES campus Piúma.

Para entendermos o projeto, precisamos partir de alguns problemas ambientais oriundos da indústria de pescados. Os dados de nossa pesquisa inicial reforçam que a indústria de pescados possui um grande peso ambiental agregado aos descartes. Sobra muito carne depois que os peixes são filetados, principalmente da carcaça, das cabeças, das escamas, nadadeiras e rabo do animal [1]. Peixes como o peroá — largamente conhecido no litoral capixaba como “peixe porco” — possui um índice de descarte que chega a 65%! Muito pouco do peixe é efetivamente aproveitado como carne.

Todo este “descarte”, para falar a verdade, é proteína de alto valor biológico, que possui aminoácidos de grande valor agregado e bons efeitos nutricionais. Essa proteína poderia ser utilizada como receita para vários alimentos diferentes, ao invés de virar mais um descarte poluente. Pensando nisso, o grupo de processamento de pescado indicou a hidrólise como alternativa para transformar o rejeito em subproduto industrial.

Ou seja, reaproveitar algo que ia ser jogado fora para se tornar mais uma fonte de receita para a indústria, ofertando mais alimentos com bons efeitos à população!

Imagem um: De 2015 para cá, novas alternativas de reaproveitamento de resíduos apareceram no meio científico. Como esse sorvete baseado em óleo de tilápia e salmão, por exemplo, que substitui a gordura do creme de leite e outros óleos hidrogenados [2]. Essa fórmula não influencia negativamente no sabor e em outras qualidades do produto, como “dureza” e textura. Na imagem, podemos observar um sorvete de coloração creme em uma casquinha e com palito de madeira em cima. A sobremesa é mostrada por uma moça de máscara e touca, segurando-a com uma luva de látex. Todo seu traje é branco e o ambiente parece ser de laboratório, com itens como balança científica.

 

A hidrólise é o processo pelo qual a água, auxiliada por algum agente, funciona como reagente para quebrar moléculas em partes menores [3]. Esse agente pode ser um ácido, uma base ou até mesmo uma enzima. Para quem não sabe, enzima é uma proteína especializada em realizar funções. Algumas reúnem moléculas, outras as deformam. No processo de hidrólise, a enzima irá quebrar as moléculas — promover a “catálise” — logo é uma enzima catalítica.

Uma proteína é formada por muitas unidades de aminoácidos, como se fossem tijolinhos formando um prédio. No formato de prédios, a proteína da carcaça não era interessante para ser comestível. Então, precisávamos de uma enzima para quebrar a proteína da carcaça em dipeptídeos e tripeptídeos. Ou seja, pegar esses milhares de aminoácidos juntos, quebrá-los e pegar os caquinhos de dois aminoácidos ou três.

Assim, vira um produto de alto valor biológico e fácil digestibilidade. Porém, para uma enzima trabalhar de maneira eficiente, ela precisa estar em uma faixa de temperatura ideal, bem como pressão e pH adequados. Do contrário, a proteína/enzima vai perder sua estrutura, bem como sua função principal, ou seja, vai “desativar”.

Por ter um perfil de pH mais neutro, nosso trabalho preferiu trabalhar com a alcalase. A matéria prima foi solubilizada em água dentro de um biorreator, que auxilia na mixagem de todos os componentes. O tempo de reação do processo foi de 70 minutos com a temperatura de, no máximo, 65ºC.

Logo em seguida, para que a enzima parasse seu processo, foi necessário desativar a alcalase em temperaturas maiores. Lembra que eu disse sobre a desativação? Nessa fase, é um processo necessário para estabilizar o alimento. A desativação por desnaturação térmica ocorre na faixa de 85°C por 30 minutos.

 

 

Imagem dois: Um dos objetivos conquistados pelo projeto foi aumentar a conscientização ambiental no município sobre o valor que os resíduos podem retornar à sociedade. Na reportagem do jornal A Gazeta, o descarte irregular de vísceras de peixes virou oportunidade para fabricar ração animal [4]. Na figura, diversas embalagens plásticas de cor azul cheias com vísceras de peixes em um ambiente de paredes brancas.

 

Muitos indicadores foram avaliados para apontar se o hidrolisado estava apto a ser consumido ou não. O grau de hidrólise (GH) serve para medir a eficiência ou rendimento do processo de hidrólise naquelas condições de temperatura, pH e pressão. A estabilidade de emulsão e de espuma serve para entendermos o quanto a água e o óleo se misturam para formar a pasta, com poucas ou muitas bolhas.

Testes de composição centesimal também foram realizados, bem como de análise físico-química e microbiológica. Um resultado curioso foi a observação de maior quantidade de proteínas depois do processo em comparação com a quantidade anterior.

Isso ocorre pois também houve a quebra de lipoproteínas atrelados ao resíduo. Antes do processo, esse componente era contabilizado como lipídio em sua maior parte. Fatores como umidade, concentração de enzima e tempo de reação tiveram efeito significativo na qualidade da pasta final.

O resultado final é uma pasta de cor preta amarronzada, com aspecto viscoso, de minúsculas bolhas e sabor característico de pescado. O produto pode ser utilizado para formular alimentos como barra de cereal, pasta em creme ou até mesmo formular hambúrgueres e salgados. Pode ser usado por todos aqueles que precisam de ingestão de proteínas de alto valor nutricional, como atletas ou pessoas com necessidades especiais.

O que mais aprendi com esse projeto é que pequenas soluções podem revolucionar a maneira como a sociedade observa seus problemas. Quando cientistas se juntam com a comunidade, muitos benefícios podem ser colhidos por diversos grupos, incluindo empresas, governo, sociedade civil e a academia.

No meu caso, foi muito importante ver que a ciência tem que estar alinhada com os interesses da comunidade. Desta forma, somos capazes de observar a mudança das pessoas sobre o que é ciência, para que serve e quem a realiza. Tudo isso é de extrema importância nesses tempos de negacionismo científico. Hoje em dia, eu não mais trabalho com pesquisa, porém levo estes preceitos em todas as minhas vistorias técnicas e ações educativas. Só assim poderemos ter uma sociedade com consciência científica aprimorada.

Se você estiver entrando em um projeto de pesquisa, esteja pronto para aprender tudo sobre aquela área de estudo! Não se acanhe, pergunte sobre tudo o que quiser e mantenha sempre sua curiosidade afiada. Este é o seu momento de aprender, então cometa erros sem apreensão. Para fazer ciência de qualidade, é necessário aprender a lidar com resultados insatisfatórios às vezes. Não deixe que isso te coloque para baixo!

Qualquer resultado colhido é maravilhoso quando nos divertimos no caminho. E tenho certeza que o empreendimento científico se beneficiará de pessoas que sabem lidar com frustração de maneira leve e despretensiosa!

O que achou sobre minha experiência? Você também já fez algo como uma iniciação científica ou projeto igual a esse? Comente sobre sua experiência e até mais!

 

Referências
[1]: MENEZES, João Lucas Santos. Desenvolvimento e caracterização físico-química de hidrolisado proteico de peroá (Balistes capriscus) produzido a partir de coprodutos. Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – Campus Piúma. Repositório institucional. 2017. Disponível aqui.
[2]: REZENDE, Claudinei. Feito com óleo de salmão e tilápia, ‘sorvete de peixe’ pode ajudar a reduzir poluição. Portal Hoje em dia, 13 mar. 2023. Disponível aqui.
[3]: OGEDA, Thais Lucy; PETRI, Denise FS. Hidrólise enzimática de biomassa. Química nova, v. 33, p. 1549-1558, 2010.
[4]: MIRENY, Lara. Projeto de Piúma coleta restos de pescado e transforma em ração animal. Portal A Gazeta, 29 mar. 2023. Disponível aqui.

Quem Dera Eu Ser Uma Fabi (GuaxaVerso #106)

6 de Abril de 2024, 14:26

GuaxaVerso destrinchando episódios e respondendo comentários! Se Flopar nunca existiu. Até porque…. Nunca existiu mesmo.

Esta semana vamos falar tudo sobre o episódio de 160.


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Edição: Marcelo Guaxinim.

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E a regulação da IA no Brasil?

5 de Abril de 2024, 13:00

A maioria de nós lembra de uma época em que o mundo parecia funcionar de uma maneira mais lenta. As comunicações e também as nossas relações eram diferentes, mas com a internet tudo mudou, e agora toda nossa sociedade precisa aprender e se preparar para viver em um mundo onde tudo é praticamente imediato.

Na década de 1960, o famoso artista plástico Andy Warhol disse que no futuro todos teriam os seus 15 minutos de fama, talvez prevendo uma sociedade em que as redes sociais e a exposição da privacidade são quase uma regra nos tempos atuais.

Com o advento de tecnologias cada vez mais disruptivas, é necessário entender e regular as inovações que surgem rapidamente, principalmente no campo da inteligência artificial. Esse movimento já vem ocorrendo, como o exemplo do Projeto de Lei nº 2.338/2023, que tramita na nossa nação, ou mesmo o conjunto de normas éticas sobre inteligência artificial da União Europeia.

Porém, esse texto foca na tentativa dos legisladores brasileiros de buscar uma regulação dessa tecnologia, que a cada ano nos surpreende com suas inovações e possibilidades de uso em várias áreas diferentes. No projeto de lei citado, temos, no seu artigo de número 2, importantes diretrizes para o uso da inteligência artificial na nossa nação:

 

Art. 2º O desenvolvimento, a implementação e o uso de sistemas de inteligência artificial no Brasil têm como fundamentos:

I – a centralidade da pessoa humana;

II – o respeito aos direitos humanos e aos valores democráticos;

III – o livre desenvolvimento da personalidade;

IV – a proteção ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável;

V – a igualdade, a não discriminação, a pluralidade e o respeito aos direitos trabalhistas;

VI – o desenvolvimento tecnológico e a inovação;

VII – a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor;

VIII – a privacidade, a proteção de dados e a autodeterminação informativa;

IX – a promoção da pesquisa e do desenvolvimento com a finalidade de estimular a inovação nos setores produtivos e no poder público;

X – o acesso à informação e à educação, e a conscientização sobre os sistemas de inteligência artificial e suas aplicações.

Podemos entender que existe uma grande preocupação dos legisladores com o respeito aos direitos humanos e aos valores democráticos para que nenhum sistema de inteligência artificial seja usado de modo a causar danos às pessoas ou à sociedade.

Porém, é importante ressaltar que o projeto de lei também tem conhecimento do potencial desse tipo de tecnologia, e por essa razão também prevê o desenvolvimento tecnológico e a livre iniciativa para fomentar o uso e criação de sistemas de inteligência artificial.

O texto ainda prevê que os agentes de inteligência artificial sejam monitorados e que a sua segurança de sistema seja um fator primordial, com a governança de dados, o cuidado e a intervenção humana, e também com uma avaliação clara dos riscos que podem ser causados pelo uso desses sistemas.

Como justificativa para o projeto de lei, o legislador, em suas próprias palavras, relata:

O desenvolvimento e a popularização das tecnologias de inteligência artificial têm revolucionado diversas áreas da atividade humana. Além disso, as previsões apontam que a inteligência artificial (IA) provocará mudanças econômicas e sociais ainda mais profundas num futuro próximo.

Essa ainda é uma discussão que precisa ser pensada com muito cuidado, pois a tecnologia pode ser usada para diversos fins, e o Brasil busca, com esse projeto de lei, desenvolver e trazer algumas diretrizes básicas para o uso da inteligência artificial na nossa nação. Sabemos que ainda temos um longo caminho que deve ser percorrido, mas devemos estar sempre atentos aos Direitos Humanos e à proteção da sociedade, para que novas tecnologias não sejam fatores de exclusão ou preconceito de nenhum tipo.

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